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EUA vão reabrir 18 postos diplomáticos
Embaixada no Iêmen e consulado em Lahore, no Paquistão, que foi fechado ontem, continuarão sem funcionar
19 representações diplomáticas foram fechadas no Oriente Médio e norte da África por ameaças de ataques
O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou ontem que reabrirá amanhã 18 das 19 embaixadas e consulados fechados recentemente no Oriente Médio e no norte da África.
As representações foram fechadas no início deste mês após suspeitas de risco de ataques terroristas.
Uma troca de mensagem entre líderes da Al Qaeda, interceptada eletronicamente pela NSA, a agência de segurança nacional americana, teria motivado a decisão.
Dessas representações, apenas a embaixada em Sanaa, capital do Iêmen, permanecerá fechada, "devido às contínuas preocupações sobre ameaças de ataques terroristas vindas da Al Qaeda na península Arábica", disse Jen Psaki, porta-voz do Departamento de Estado.
Ele acrescentou que o consulado do país em Lahore, no Paquistão, fechado devido a uma ameaça distinta da que motivou o fechamento das outras unidades, também permanecerá fechado.
"Continuaremos a avaliar as ameaças em Sanaa e em Lahore para tomar as decisões sobre a reabertura dessas instalações", disse.
Ao fechar as representações, o governo dos EUA havia previsto reabri-las hoje.
PAQUISTÃO
Ontem, os Estados Unidos ordenaram a retirada de funcionários do consulado em Lahore mencionando também ameaças de terrorismo. O Departamento de Estado aconselhou cidadãos norte-americanos a não viajarem ao Paquistão, que sofreu mais um dia de violência.
"O Departamento de Estado ordenou a redução de pessoal devido a ameaças específicas quanto ao consulado norte-americano em Lahore", afirmava o alerta.
Excetuada uma pequena equipe de emergência, os diplomatas lotados em Lahore foram transferidos a Islamabad, a capital paquistanesa, informou um importante funcionário do governo Obama.
A retirada do pessoal e o alerta aos viajantes surgiram um dia depois de atentados a bomba contra um funeral no oeste do Paquistão e um cemitério do outro lado da fronteira, no Afeganistão, que deixaram pelo menos 44 mortos.
O ataque aconteceu no primeiro dia do feriado de Eid al-Fitr, uma das datas mais sagradas do calendário muçulmano, que marca o final do mês do Ramadã.
O maior estrago da violência na quinta-feira aconteceu em Quetta, na província do Baluchistão, oeste do país, onde pelo menos 30 pessoas morreram em um atentado suicida durante o funeral de um policial que havia sido morto horas antes.
No extremo leste da fronteira, na província afegã de Nangahar, uma bomba foi detonada em um cemitério onde pessoas estavam reunidas para prestar suas homenagens a um parente assassinado.
A explosão matou pelo menos 14 mulheres e crianças da mesma família.
Repórteres em Quetta descreveram cenas de caos.
