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Conflito na Síria promove alta de atentados da Al Qaeda no Iraque

Média de ataques suicidas passa de 10 para perto de 30 por mês

MICHAEL R. GORDON TIM ARANGO DO "NEW YORK TIMES", EM WASHINGTON

O conflito cada vez mais intenso na Síria oferece proteção aos líderes do braço da Al Qaeda no Iraque que estão orquestrando ataques em Bagdá e outras cidades, o que representa novo desafio aos esforços de segurança lá, declararam membros do governo dos EUA nesta semana.

"Eles estão repletos de recrutas para a jihad [guerra santa] que estão entrando na Síria, e acreditamos que estejam enviando alguns deles ao Iraque", disse um importante funcionário do Departamento de Estado.

Em 2011 e 2012, a média de atentados suicidas a bomba no Iraque ficou entre cinco e dez por mês. Mas, ao longo dos últimos 90 dias, o número se aproxima dos 30 ao mês.

Preocupações de que o caos na Síria possa desestabilizar o Iraque foram debatidas na quinta-feira, quando o secretário de Estado, John Kerry, recebeu o chanceler do Iraque, Hoshyar Zebari. "Extremistas sunitas e xiitas em toda a região têm a capacidade de ameaçar a estabilidade do Iraque caso não sejam contidos", disse Kerry.

Ao longo da guerra do Iraque, a Síria serviu como portão de entrada para terroristas suicidas sunitas que tentavam solapar o governo sob liderança xiita e atacar as forças americanas. Quando o último soldado dos EUA deixou o Iraque, no final de 2011, funcionários do governo Obama disseram crer que o país seria capaz de enfrentar ataques terroristas sem ajuda.

Mas o levante sírio, que atraiu um fluxo constante de extremistas sunitas, parece questionar essa teoria.

Sem forças militares presentes no Iraque, a capacidade dos EUA para treinar e ajudar os iraquianos no combate à Al Qaeda é limitada.

Os EUA estão compartilhando informações para ajudar os iraquianos a descobrirem células terroristas para tentar evitar detenções indiscriminadas em larga escala, o que pode alimentar o ressentimento dos sunitas.

Nas últimas semanas, o governo Obama notificou o Congresso de que planeja vender ao Iraque mais de US$ 4 bilhões em armas. Alguns legisladores americanos estão preocupados, por exemplo, quanto à cessão de helicópteros Apache ao Iraque por medo de que sejam usados pelo governo local para intimidar oponentes políticos.


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