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Ação foi 'muito atípica', diz ouvidor britânico

BERNARDO MELLO FRANCO DE LONDRES

O brasileiro David Miranda só poderia ser detido pela polícia britânica se fosse suspeito de terrorismo. A afirmação é do ouvidor independente David Anderson, que vai investigar se houve abuso na ação da Scotland Yard.

Ele disse à Folha que pode recomendar mudanças na lei antiterror se ficar constatado que o brasileiro foi detido ilegalmente no aeroporto.

"Posso dizer que a ação da polícia foi muito atípica. É raro alguém ser detido por nove horas com base na lei antiterror", afirmou o ouvidor.

"A lei dá poderes excepcionais e só pode ser usada em casos específicos. Se a polícia não tiver motivo para acreditar que o cidadão seja terrorista, ele deve ser liberado imediatamente", disse.

Anderson vai investigar se houve abuso na aplicação das leis antiterrorismo, que dão poderes especiais às autoridades desde 2000.

As autoridades britânicas são obrigadas, por lei, a apresentar uma justificativa clara ao ouvidor.

Se concluir que houve abusos, ele deve enviar um relatório especial ao Parlamento e sugerir mudanças imediatas na legislação.

Mais cedo, deputados da oposição trabalhista criticaram a detenção do brasileiro. Yvette Cooper, responsável por fiscalizar o Ministério do Interior, cobrou uma investigação urgente do caso.

"Qualquer suspeita de que os poderes contra o terrorismo estão sendo usados de forma incorreta deve ser investigada e esclarecida com urgência", afirmou.


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