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Análise

Repressão do governo egípcio pode não derrotar Irmandade

MICHAEL GEORGY DA REUTERS

Os militares parecem determinados a decapitar a Irmandade Muçulmana, a fim de evitar que ela prepare uma volta depois que o presidente Mohamed Mursi, um de seus principais líderes, foi derrubado em 3 de julho.

A prisão de Mohamed Badie, chefe do grupo, significa que os líderes mais experientes da Irmandade estão atrás das grades. Outros membros, se continuarem livres, devem agora se concentrar em permanecer fora da cadeia.

A estratégia é clara: remover o topo da organização na esperança de que o resto caia.

A Irmandade, que por seis semanas manteve grandes acampamentos no Cairo para exigir a volta de Mursi, agora luta para levar as pessoas às ruas. Autoridades, enquanto isso, apertam o cerco com toques de recolher.

"De certa forma, eles conseguiram. O comparecimento na rua é baixo", disse Khalil Anani, especialista em movimentos islâmicos. "A curto prazo, a Irmandade recebeu um grande golpe."

O governo, apoiado pelo Exército, indicou que não mostrará piedade, assumindo linha mais dura do que a da maioria dos governos passados. A Irmandade viu seus líderes e membros presos por décadas, mas nunca enfrentou tamanho massacre.

Militares vêm trabalhando para descrever a Irmandade como terrorista, o que sugere que a repressão não terminará logo. A humilhação parece parte da estratégia.

Imagens exibidas na mídia local depois da prisão de Badie mostravam o líder barbado sentado em um sofá, as mãos algemadas, e um homem com um rifle do lado.

O general no comando, Abdel Fatah al-Sisi, é agressivo com a Irmandade e obteve apoio público para o que chama de luta contra o terrorismo. Mas não está claro se sua campanha será bem-sucedida a longo prazo.

A Irmandade tem longa experiência de pressão. Seus líderes sofreram na cadeia e foram perseguidos no governo do ex-presidente Gamal Abdel Nasser e seus sucessores.

Em um café do Cairo, Nidal Sakr, membro da Irmandade, via o noticiário sobre Badie.

"Isso não é nada novo. Já vimos antes", disse, estimando que mais de 3.000 membros da Irmandade foram presos no Egito.


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