Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Mubarak irá para prisão domiciliar no Egito

Decisão militar vem poucas horas após corte ordenar que ex-ditador, deposto em 2011, seja colocado em liberdade

Ex-governante, que pode deixar prisão hoje, deve ser levado para uma de suas casas ou para um hospital

DIOGO BERCITO ENVIADO ESPECIAL AO CAIRO

Poucas horas após uma corte egípcia ter ordenado que Hosni Mubarak seja posto em liberdade, o vice-comandante militar do país emitiu ordem para que o ex-ditador seja colocado em prisão domiciliar. Não está claro se ele irá para uma de suas casas ou para um hospital.

Mubarak, 85, que pode sair da prisão hoje, enfrenta acusações de corrupção e cumplicidade na morte de 800 manifestantes durante atos contra seu regime, em 2011.

A decisão de soltar o ex-ditador foi tomada após uma corte entender que ele pode responder em liberdade à acusação de receber presentes estimados em R$ 11 milhões do jornal estatal "Al-Ahram". Mubarak já devolveu a quantia ao periódico.

Já foi excedido o período máximo de prisão preventiva para a acusação de repressão aos protestos democráticos.

Mubarak chegou a ser condenado a prisão perpétua no ano passado, mas a pena foi anulada e novo julgamento ocorrerá.

A defesa do ex-ditador, mantido na ala hospitalar da prisão de Tora, afirma que ele tem a saúde frágil.

Não se sabe como o país árabe receberia uma eventual soltura dele, que governou o Egito entre 1981 e 2011.

O Egito vive tensão desde que o governo islamita de Mohammed Mursi foi deposto em 3 de julho.

Hoje, a Presidência está com Adly Mansur, ex-presidente da Suprema Corte, sob a influência de Abdel Fatah al-Sisi, chefe militar do Egito. É esperado que haja eleições nos próximos meses.

UNIÃO EUROPEIA

Os chanceleres da UE decidiram que suspenderão a venda de equipamentos de segurança e de armas que possam ser usados pelo Egito na repressão.

O anúncio vem uma semana após o Exército desmontar o acampamento de Rabia al-Adawiya, em 14 de agosto, data em que ao menos 638 pessoas morreram no país.

"Condenamos os atos de violência e acreditamos que as recentes ações militares foram desproporcionais", disse Catherine Ashton, chefe da diplomacia europeia.

O Exército do Egito tem perseguido líderes da Irmandade Muçulmana, organização da qual faz parte Mursi --que se encontra detido, assim como o líder espiritual Mohamed Badie.

Ontem, o clérigo Safwat Hegazy foi capturado em um posto de controle próximo à Líbia. O porta-voz islamita Murad Ali, por sua vez, foi detido no aeroporto do Cairo quando tentava embarcar para a Itália, de acordo com as forças de segurança.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página