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Oposição acusa Síria de ataque químico

Regime de Bashar al-Assad nega; Conselho de Segurança da ONU convoca reunião de emergência em Nova York

Vídeos mostram corpos, entre eles de crianças, sem ferimento visível; não há confirmação por fontes independentes

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O grupo opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos acusou ontem o governo de Bashar al-Assad de matar centenas de pessoas em um ataque químico a três cidades da periferia de Damasco. A ação é negada pelo governo.

Ativistas da oposição publicaram na internet fotos e vídeos de supostas vítimas.

O Conselho de Segurança da ONU convocou reunião de emergência e disse que é necessário esclarecer o suposto ataque. "Há uma forte preocupação entre os membros do Conselho" disse a embaixadora da Argentina na ONU, Maria Cristina Perceval. O país ocupa a presidência rotativa do Conselho.

A data e a origem das imagens não podem ser verificadas devido às restrições impostas pela Síria à entrada de jornalistas e organizações internacionais.

As imagens mostram ambientes cheios de corpos, incluindo mulheres e crianças. A maioria não tem ferimento aparente e muitos estão envolvidos em lençóis brancos.

O caso vem três dias após inspetores da ONU chegarem ao país para investigar o suposto uso de armas químicas.

Barack Obama já disse que usar tais armas seria ultrapassar uma "linha vermelha" que poderia levar a ação militar. Mas já houve denúncias semelhantes e nada foi feito.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou "choque" com as cenas, mas é improvável uma ação imediata no caso, dada a divisão dos países no Conselho.

A Rússia, aliada de Bashar al-Assad, chamou o episódio de "provocação" e acusou os rebeldes de lançar um foguete com uma arma química para culpar o governo.

Segundo o Observatório, sediado em Londres, os agentes químicos foram lançados em foguetes e atingiram as cidades de Ain Tarma, Zamalka e Jobar antes do amanhecer de ontem. Médicos da região dizem que o número de mortos passa de 200; para ativistas podem chegar a 1.300.

"Muitos são mulheres e crianças. Eles chegaram ao hospital com as pupilas dilatadas, lábios congelados e espumando. Os médicos dizem que são sintomas comuns em vítimas de ataques de gases que afetam o sistema nervoso", disse Bayan Baker, enfermeira em Douma.

Outros vídeos e fotos mostram médicos tratando pessoas que também não tinham ferimentos aparentes.

"Faz pouco sentido o regime empregar esses agentes agora, em especial devido à proximidade dos monitores da ONU", diz Charles Lister, do Centro de Terrorismo e Insurgência do IHS Jane's.


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