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Itamaraty

Questão de prova que acusava a França por ação no Mali é anulada

FLÁVIA MARREIRO

DE SÃO PAULO -- Responsável pela prova de admissão na carreira diplomática brasileira, o Cespe (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos), ligado à UnB, anulou ontem questão do teste classificatório a respeito da intervenção militar liderada pela França no Mali.

Como mostrou ontem a Folha, o enunciado da questão e a reposta correta na prova aplicada no último domingo afirmavam que o real interesse de Paris no país africano "é a necessidade de proteção da zona de extração de urânio do vizinho Níger, que alimenta as usinas nucleares francesas."

A formulação provocou controvérsia e candidatos queriam anulá-la, porque não estaria alinhada à posição oficial brasileira no tema.

No nota divulgada, o Cespe não explicou os motivos para invalidar a questão.

Em janeiro, a França iniciou uma intervenção militar no Mali, colônia francesa até os anos 1960, para auxiliar no combate a grupos islâmicos que ameaçam derrubar o governo. Depois, obteve a chancela do Conselho de Segurança da ONU para a operação.

O Brasil insiste que resolução da ONU sobre o Mali, que prega envolvimento dos africanos, tem de ser respeitada. Em janeiro, a presidente Dilma Rousseff disse que a intervenção não deveria "reavivar antigas tentações coloniais". Mas nem Itamaraty nem Dilma falaram do interesse francês em controlar as reservas minerais na região.


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