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ONU quer ir a área na Síria que teria sido alvo de gás

Oposição acusa governo de ter usado armas químicas perto de Damasco

França exige uso da 'força' contra regime de Bashar al-Assad, mas descarta envio de soldados ao conflito

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Enquanto EUA e Reino Unido pressionavam a Síria para permitir a investigação pela ONU do suposto uso de arma química contra rebeldes na periferia de Damasco, a França defendeu ontem que a comunidade internacional reaja usando a "força", se o ataque for comprovado.

Outros 34 países pediram investigação do ocorrido.

Na noite de anteontem, o Conselho de Segurança da ONU exigiu que o governo de Bashar al-Assad permita a inspeção da área do suposto ataque. Ontem, o secretário-geral, Ban Ki-moon, ordenou que a alta representante para Assuntos de Desarmamento, Angela Kane, viaje à Síria para as investigações.

Em entrevista ao canal BFM, o chanceler francês, Laurent Fabius, pediu uma reação da comunidade internacional, mesmo que não haja uma decisão enérgica do Conselho de Segurança da ONU, que pode ser impedida pela Rússia, principal aliada do regime sírio.

"Teria de haver uma reação com força na Síria por parte da comunidade internacional", disse Fabius, que, no entanto, descartou o envio de soldados ao país.

O chanceler brasileiro, Antonio Patriota, disse que o episódio "traz uma nova dimensão, ainda mais preocupante e grave" ao conflito, mas ponderou que "talvez seja precipitado concluir se foi de um lado ou de outro" a decisão de fazer uso das armas químicas.

SINTOMAS

Segundo a oposição síria, tropas aliadas ao ditador bombardearam quatro cidades da periferia de Damasco na madrugada de anteontem com um gás que afeta o sistema nervoso, deixando centenas de mortos. Ativistas falam em até 1.300 vítimas.

Vídeos divulgados na internet mostram corpos, entre eles de crianças, sem ferimento visível, mas ainda não há confirmação de fontes independentes sobre as mortes nem o que as causou.

Para especialistas, os sintomas apresentados nos vídeos são compatíveis com os causados por armas químicas, particularmente gases neurotóxicos, mas o único meio de confirmar seria analisar amostras colhidas no local.

"Assisti a 21 vídeos e tenho fortes suspeitas do uso de armas químicas, mas são necessárias provas científicas, como a presença de sarin no sangue e na urina das vítimas", resume Olivier Lepick, especialista em armas químicas e biológicas e pesquisador da Fundação de Pesquisa Estratégica.

"Anteontem não estava acreditando, mas revi a minha posição" após assistir a vídeos de melhor qualidade, explica Jean Pascal Zanders, outro especialista no tema.


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