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Dois atentados deixam 42 mortos no norte do Líbano
Ataque coordenados atingiram Trípoli e são reflexo da crise na vizinha síria
Em revide a foguetes lançados anteontem, Israel ataca sul do país; não há informações a respeito de vítimas
Atentados terroristas a bomba nos arredores de duas mesquitas deixaram ao menos 42 mortos e 400 feridos ontem no norte do Líbano.
Os ataques coordenados, feitos após as orações do meio-dia em área de maioria sunita, são os mais violentos em Trípoli desde o fim da guerra civil (1975-1990).
A cidade, a segunda maior do país (cerca de 200 mil habitantes), é uma das mais voláteis, reunindo pequena população alauita (ramo xiita) entre uma maioria sunita.
O Brasil condenou os ataques e destacou a necessidade de levar seus responsáveis "à Justiça", como defendido pela ONU horas antes.
O Líbano enfrenta, como reflexo da crise na Síria, grave onda de violência sectária. Enquanto a população sunita apoia a insurgência contra a ditadura na Síria, xiitas defendem o regime de Bashar al-Assad. O Hizbullah envolveu-se em conflitos armados, enviando homens ao vizinho.
ISRAEL
O sul do Líbano foi palco também de conflitos ontem cedo, quando o Exército israelense atacou alvos próximos a Beirute. Não há informações a respeito de vítimas.
O ataque foi um revide pelos foguetes "katyusha" disparados anteontem em direção à Galileia --também sem causar mortes ou ferimentos.
Não está claro quem foi responsável pelos ataques de quinta-feira. Um grupo militante palestino diz ter sido atingido no revide. Israel culpa o Líbano por qualquer agressão vinda de seu território.
A fronteira norte é uma das maiores preocupações de Israel, que vê no estoque de foguetes do Hizbullah uma ameaça a toda a população.