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Síria autoriza ONU a investigar ataque

Regime diz que inspetores podem ir a subúrbio de Damasco onde teria havido uso de arma química semana passada

EUA e Reino Unido prometem 'resposta contundente' se confirmado o uso de artefatos químicos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo sírio autorizou ontem que inspetores da ONU visitem as áreas no subúrbio de Damasco onde teria havido um ataque com armas químicas na última quarta-feira.

A investigação deve começar hoje, conforme comunicado das Nações Unidas. O acordo foi mediado pela alta representante para o desarmamento, Angela Kane, que chegou ao país anteontem.

A permissão para a inspeção foi classificada como "tardia demais para ser crível" por um funcionário do governo americano. Para ele, há "pouca dúvida" de que o regime sírio fez o ataque.

"As provas disponíveis foram significativamente danificadas como resultado de persistentes bombardeios e outras ações intencionais do regime nos últimos cinco dias", disse o funcionário.

A eficácia da investigação também foi questionada ontem pelo chanceler britânico, William Hague. "Grande parte das provas pode ter sido destruída em bombardeio. Outras evidências podem ter se degradado ao longo dos dias ou ter sido adulteradas."

Hague afirmou ainda que tudo indica que o governo sírio usou armas químicas.

Anteontem, a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras disse que, no dia do suposto ataque, três hospitais de Damasco receberam 3.600 pacientes com sintomas de "neurointoxicação". Destes, 355 morreram.

Segundo a oposição síria, até mil pessoas morreram em função do ataque.

O regime de Bashar al-Assad acusa os rebeldes da autoria. Soldados teriam encontrado artefatos químicos em túneis dominados por insurgentes em Damasco.

REAÇÃO

Estados Unidos e Reino Unido prometeram ontem dar uma "resposta contundente" caso se comprove o uso de armas químicas, segundo nota do governo britânico.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o presidente americano, Barack Obama, conversaram na noite de sábado por telefone sobre uma possível intervenção.

O premiê britânico e o presidente americano também afirmaram que "é vital que o mundo mantenha a proibição sobre o uso de armas químicas e tente dissuadir novas atrocidades".

Ontem Obama também conversou com o presidente francês, François Hollande.

"Os dois presidentes concordaram em permanecer em contato para dar uma resposta comum a esta agressão sem precedentes", diz comunicado do governo francês.

Anteontem, o presidente da coalizão de oposição síria, Ahmat Jarba, pediu que a comunidade internacional intervenha de "forma séria".

"Estamos fartos de ouvir palavras e necessitamos de medidas concretas por parte das Nações Unidas", disse.

'BOLA DE FOGO'

O ministro sírio da Informação, Omran Zubi, disse que um ataque americano "teria graves consequências e seria uma bola de fogo que faria arder todo o Oriente Médio". A declaração foi dada anteontem à TV estatal síria.

A Rússia também reagiu à possibilidade de uma ação americana no país árabe.

O Ministério de Relações Exteriores russo disse ontem que os EUA "não devem repetir erros do passado", em referência à intervenção americana no Iraque em 2003.

Para Moscou, uma ação "afetará da forma mais devastadora a situação já explosiva no Oriente Médio".


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