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EUA estão 'prontos' para ataque à Síria

Departamento de Defesa espera decisão de Obama; instalações de onde saíram armas químicas seriam o alvo

Objetivo não é derrubar regime sírio, diz Casa Branca; Reino Unido e França declaram apoio a eventual ação militar

DE WASHINGTON DE LONDRES

O governo americano anunciou ontem que está pronto para uma ação militar contra a Síria, mas que o objetivo não é o de derrubar o ditador Bashar al-Assad, e sim "mostrar que o uso de armas químicas é inaceitável e viola as normas internacionais", nas palavras do secretário de Imprensa da Casa Branca, Jay Carney.

Pela manhã, em entrevista à rede britânica BBC, o secretário de Defesa, Chuck Hagel, disse que os EUA estão "prontos para ir" à Síria. Acrescentou que já tinha conversado com autoridades do Reino Unido e da França.

Segundo Carney, o presidente Barack Obama não decidiu sobre a ação, mas está inclinado por uma operação "limitada", de poucos dias e que teria como alvo instalações militares de onde saíram os ataques com armas químicas. "Não se trata de mudar o regime", disse Carney.

Em vez de depósitos, os mísseis americanos atingiriam instalações com artilharia e mísseis sírios --há uma lista de 50 lugares com helicópteros e artilharia produzidos na Rússia, segundo o "New York Times".

As fontes ouvidas dizem que seria arriscado atacar depósitos de armas químicas, preferindo os alvos de onde elas são lançadas.

A primeira bateria de mísseis seria sucedida por uma pausa para se medir (por satélites) o impacto causado e a reação do regime, antes de um segundo ataque.

Há também o temor de que uma avalanche de civis fuja para a Turquia e a Jordânia diante de uma grande ofensiva. Os dois países, aliados americanos, já não conseguem dar conta dos sírios em seu território (400 mil e 500 mil, respectivamente).

Uma eventual operação militar também contaria com o apoio do Reino Unido. O primeiro-ministro, David Cameron, interrompeu as férias e suspendeu o recesso do Parlamento para pedir aval.

"O que vimos na Síria foram cenas chocantes de morte e sofrimento por causa do uso de armas químicas pelo regime de Assad. Não acho que possamos deixar que isso continue", disse Cameron.

Assim como a Casa Branca, o premiê prometeu que o ataque teria "objetivos específicos" e não significaria o início de uma guerra como as do Iraque e Afeganistão.

Cameron não precisa submeter sua decisão ao Parlamento, mas fará a consulta em busca de respaldo.

A França também indicou que participaria da ofensiva. O presidente, François Hollande, disse que o país está "pronto para punir" os responsáveis pelo ataque com gás sarin. O premiê da Itália, Enrico Letta, defendeu uma reação internacional, mas o país condiciona o apoio à operação ao respaldo das Nações Unidas. (RAUL JUSTE LORES E BERNARDO MELLO FRANCO)


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