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Monitoramento inclui programa que traduz conversas

FERNANDA ODILLA DE BRASÍLIA

Documentos da NSA (Agência de Segurança Nacional) sugerem que os EUA monitoram telefonemas, e-mails e mensagens de texto de integrantes dos governos do Brasil e México por meio de programas e técnicas avançadas de organização e tradução de dados e informações.

A Folha teve acesso a documentos secretos obtidos pelo jornalista Glenn Greenwald com o ex-técnico da NSA Edward Snowden. Parte deles foi exibida anteontem pelo "Fantástico", da TV Globo.

Com data de junho de 2012, os slides explicam como funciona a técnica de coleta e análise de informações.

Entre as ferramentas usadas está um programa de tradução que transforma áudio de 81 idiomas (inclusive português) em texto. O programa, chamado de CyberTrans, ainda identifica o idioma, traduz e até aprimora a grafia.

Outra técnica usada é o "realce gráfico" para "encontrar uma agulha no palheiro".

Os slides indicam que essa técnica de filtrar informações num enorme conjunto de dados foi usada em relação a Dilma e seus assessores chave.

Porém, a apresentação não identifica os alvos e nem o tipo de informação coletada.

O nome de Dilma é citado uma vez, em slide com uma foto antiga dela e o detalhamento do objetivo: "Um maior entendimento dos métodos de comunicação e interlocutores associados da presidente brasileira, Dilma Rousseff, e seus principais assessores".

A técnica prevê a coleta de grande volume de informação, que é armazenada. Em seguida, alvos principais e seus interlocutores são ligados entre si, permitindo a visualização de redes de comunicação.

No caso do México, a apresentação diz que o presidente Enrique Peña Nieto e nove colaboradores foram alvos de duas semanas de monitoramento quando ele ainda era candidato. Entre os dados coletados, estão mensagens sobre membros da equipe dele.


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