Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Síria pede à ONU que impeça ação dos EUA

Representante do país árabe quer solução política para conflito e conta com veto russo no Conselho de Segurança

Senador John McCain se reúne com Obama e diz que eventual recusa do Congresso a operação seria algo 'catastrófico'

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

Bashar Jaafari, representante sírio na ONU, enviou uma carta para Ban Ki-moon, secretário-geral da entidade, pedindo que impeça um ataque dos EUA contra a Síria.

A ação será discutida e votada no Congresso americano quando os parlamentares voltarem do recesso, a partir da próxima segunda-feira.

Segundo Jaafari, os EUA "precisam exercer seu papel de patrocinador da paz e de parceiro da Rússia para preparar uma conferência internacional".

O enviado sírio referia-se a um encontro previsto há meses, mas nunca realizado, com o objetivo de buscar uma solução pacífica para a guerra civil.

O conflito já deixou mais de 100 mil mortos e forçou a saída de casa de 7 milhões de pessoas (um terço da população síria), segundo a agência de refugiados da ONU.

Jaafari também pediu que o CS (Conselho de Segurança) "mantenha seu papel como válvula de segurança para prevenir o uso absurdo da força fora do que permite a legitimidade internacional".

A falta de apoio do CS será usada pelos sírios, no caso de uma ação americana, como evidência da ilegalidade da intervenção. Com o poder de veto da Rússia, é improvável que os EUA tenham o aval da ONU.

O diplomata sírio afirmou que os EUA estão se baseando em "histórias fabricadas por terroristas", em cima de fotos falsas da internet.

CASA BRANCA

Os senadores republicanos John McCain e Lindsey Graham foram ontem à Casa Branca para debater a possível intervenção na Síria.

Após o encontro com Obama, McCain, favorável a uma ação mais forte, afirmou que seria "catastrófico" se o Congresso se recusasse a endossar a proposta do presidente.

Graham, também entusiasta do ataque, citou um argumento já repetido por Obama e seu secretário de Estado, John Kerry, de que a ação servirá de recado às pretensões nucleares do Irã.

Críticos do governo alertam que Obama se arrisca a passar pela mesma situação do primeiro-ministro britânico David Cameron, cuja proposta de participar da ação militar com os americanos foi derrubada pelo Parlamento na semana passada.

Kerry e o secretário de Defesa de Barack Obama, Chuck Hagel, deverão visitar a Comissão de Relações Exteriores do Senado.

O vice-presidente, Joe Biden, já começou a telefonar para deputados e senadores em busca de apoio.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página