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Algoz de mulheres é achado morto nos EUA

Preso por sequestrar e violentar vítimas em casa, Ariel Castro foi encontrado enforcado com lençol, diz governo

Autoridades disseram que ele estava sozinho em uma cela, observado a cada 30 minutos; caso será investigado

JOANA CUNHA DE NOVA YORK

Ariel Castro, o homem que chocou os Estados Unidos por ter aprisionado e violentado três mulheres por cerca de dez anos no porão de sua casa, em Cleveland, está morto.

Segundo o Departamento de Reabilitação do Estado de Ohio, Castro, 52, foi encontrado em sua cela, na noite de anteontem, enforcado com um lençol.

Condenado no mês passado a prisão perpétua mais mil anos de reclusão, sem direito a liberdade condicional, ele cumpria pena em uma prisão de Orient, Ohio.

De acordo com as autoridades penitenciárias, ele chegou a receber atendimento médico, na tentativa de reanimá-lo, mas não resistiu.

As autoridades informaram ainda que ele estava sozinho em uma cela com observação a cada 30 minutos. O caso será investigado.

Para o advogado de Castro, um intervalo de observação de dez minutos poderia ter evitado a morte.

Parentes de Castro informaram à CNN que a mãe dele o visitou há poucos dias, e Castro estaria depressivo.

Ex-motorista de ônibus, Castro foi preso em maio, quando uma das vítimas, Amanda Berry, 27, conseguiu escapar e pedir socorro. Berry trazia uma filha de seis anos, nascida no cativeiro --exames de DNA comprovaram que Castro era o pai.

A pena de morte foi cogitada em seu caso, mas Castro conseguiu evitar o corredor da morte, declarando-se culpado de 937 acusações.

REAÇÕES

O promotor do caso, Timothy McGinty, um dos que defendiam a pena de morte para Castro, manifestou-se sobre a morte do sequestrador.

"Esses molestadores degenerados são uns covardes. Capturam crianças vulneráveis e abusam delas. Este homem não conseguiu suportar nem um mês inteiro, nem uma pequena parcela daquilo que ele provocou por mais de uma década", afirmou.

"Que isso seja uma mensagem a outros sequestradores de crianças. Vai haver um preço alto a pagar quando forem pegos. Vocês não vão gostar de estar do lado de dentro das grades", disse McGinty.

Berry e as outras vítimas, Gina DeJesus, 23, e Michelle Knight, 32, afirmaram, por meio de um porta-voz, que não se manifestariam.

Na audiência em que Castro recebeu a sentença, Knight, a que passou mais tempo aprisionada, disse que "estava começando a viver", enquanto Castro iria "morrer um pouquinho a cada dia".


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