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Análise

Russo força Obama a tratá-lo como parceiro fundamental

STEVEN LEE MYERS DO "NEW YORK TIMES", EM MOSCOU

O presidente russo, Vladimir Putin, tem sido muitas coisas para o americano Barack Obama: parceiro ocasional, causa de irritação, anfitrião de Edward Snowden e o "moleque entediado no fundão da classe", que oferece muito pouco aos objetivos de política externa americanos.

Mas, repentinamente, Putin ultrapassou Obama como o líder mundial que controla a agenda da crise síria.

Ele oferece uma possível, se bem que ainda incerta, alternativa ao que criticou abertamente como militarismo da parte dos EUA. Assim, reafirma os interesses da Rússia em uma região na qual o país esteve marginalizado desde o colapso da União Soviética.

Ainda que as circunstâncias possam mudar de novo, Putin parece ter atingido diversos objetivos, quase todos às custas de Washington.

Ele conseguiu criar um salva-vidas diplomático para o veterano aliado Bashar al-Assad, que não muito tempo atrás parecia em risco de perder o poder, e impediu que Obama contornasse o Conselho de Segurança das Nações Unidas --no qual a Rússia tem poder de veto-- para impor unilateralmente as prioridades americanas.

Em termos mais genéricos, a Rússia agora se fez indispensável para a contenção do conflito na Síria, que segundo Putin poderia deflagrar inquietação islâmica em toda a região caso fosse conduzido de forma indevida.

Com a proposta de que Assad entregue suas armas químicas, Putin forçou Obama a tratar Moscou como parceria essencial --pelo menos até o final do ano que vem, se as estimativas do Pentágono quanto ao tempo necessário para eliminar esse armamento se provarem corretas.


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