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EUA e Rússia negociarão paz para Síria

Kerry e Lavrov anunciam abertura de diálogo que busca saída para guerra civil; há nova reunião hoje, em Genebra

Para os EUA, acordo passa por solução para armas químicas, mas Obama pode abdicar de uso da força como sanção

LEANDRO COLON DE LONDRES

Os governos dos EUA e da Rússia anunciaram ontem a abertura de negociação para tentar acabar com a guerra civil entre o regime do ditador sírio Bashar al-Assad e as forças de oposição.

É o segundo movimento político conjunto das duas potências nesta semana em torno do conflito na Síria.

Desde quinta, o secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, discutem em Genebra (Suíça) uma saída para Assad entregar suas armas químicas que evite uma intervenção militar no país.

Ontem, Kerry e Lavrov informaram que, além da questão das armas, abriu-se também um debate sobre uma conferência de paz para a Síria, provavelmente a partir da próxima Assembleia Geral da ONU, em Nova York, no fim deste mês. As conversas entre os dois continuam hoje.

A reunião de ontem contou com a presença de Lakhdar Brahimi, enviado especial da ONU à Síria. Recente relatório do órgão apontou massacres, crimes de guerras e violações às leis internacionais pelos dois lados do conflito.

Kerry afirmou que EUA e Rússia estão "comprometidos com uma solução negociada". Ele deixou claro que qualquer caminho para a paz dependerá, para os EUA, de uma solução imediata para o arsenal químico. Os americanos acusam o regime de Assad de ter usado gás sarin para matar ao menos 1.429 civis.

No entanto, segundo funcionários do governo americano ouvidos pelo jornal "New York Times", Barack Obama poderia abrir mão da ameaça de ação militar como sanção à Síria no caso de Damasco descumprir o acordo.

"Qualquer acordo precisa ser verificável e obrigatório", declarou ontem Obama.

O ditador sírio pretende passar dados sobre seu arsenal somente um mês depois de oficializar a entrada do seu país no tratado internacional que proíbe a produção e o armazenamento de armas químicas. O processo de adesão da Síria ao tratado deve demorar um mês.

RELATÓRIO

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou ontem que o relatório de inspetores do órgão confirmará o uso de armas químicas em um ataque nos arredores de Damasco, no dia 21 de agosto.

A previsão é que o documento seja divulgado na segunda ao Conselho de Segurança da ONU. "Acredito que será um relato esmagador de que as armas químicas foram usadas", disse Ban.

Ele acusou o regime de Assad de cometer "vários crimes contra a humanidade", mas não quis apontar se o ditador foi o responsável pelo uso de gás químico.

A expectativa é que o relatório da ONU não aponte culpados pelo episódio, no qual Assad nega envolvimento.


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