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Líder da Al Qaeda pede pequenos atentados nos EUA

Em áudio, Zawahiri diz que ataques como o da maratona de Boston poderão 'sangrar economicamente' o país

Plano de chefe terrorista é fazer Washington manter grandes gastos com segurança para minar as finanças

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

O egípcio Ayman al-Zawahiri, líder da organização terrorista Al Qaeda, pediu a seus seguidores ataques de pequena escala dentro dos Estados Unidos para "sangrar economicamente" o país.

Na mensagem, divulgada em áudio um dia após o aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001, Zawahiri afirmou que "diversos ataques podem ser feitos por um irmão ou alguns irmãos".

Ele disse, porém, que militantes devem aproveitar a oportunidade para um "grande ataque" contra os EUA.

A ideia do líder da Al Qaeda é manter os "gastos massivos" de Washington com segurança para fragilizar a economia.

Zawahiri elogiou o atentado a bomba durante a maratona de Boston, que deixou três mortos e mais de 260 feridos em abril. "O episódio confirmou aos americanos que eles não estão enfrentando indivíduos, organizações ou grupos, mas sim uma comunidade islâmica que se levanta para defender sua alma e dignidade."

Segundo Zawahiri, "o que o regime americano não admite é que a Al Qaeda, antes de ser uma organização, é uma mensagem."

Ele disse também que muçulmanos deveriam boicotar bens americanos e de seus aliados, pois comprá-los ajudaria a financiar ações militares dos EUA nos países islâmicos.

Médico pediatra, Zawahiri substituiu Osama bin Laden no comando da Al Qaeda após sua morte, em maio de 2011, e é um dos homens mais procurados do mundo.

EGITO

Zawahiri também incentivou os egípcios a resistir à campanha de repressão militar contra islamitas no país.

A declaração é uma resposta à perseguição a seguidores da Irmandade Muçulmana no Egito.

Após o golpe militar de 3 de julho, quando foi deposto o presidente Mohammed Mursi, líderes islamitas têm sido presos no país. Há relatos da prisão de um irmão de Zawahiri.

A repressão a manifestações pacíficas em 14 de agosto, em especial na mesquita de Rabia al-Adawiya, no Cairo, deixou centenas de mortos. "Esse é um episódio dentro do longo drama que espera os egípcios se eles não se unirem para implementar a lei islâmica e libertar seu país", afirmou Zawahiri.

Ele foi um dos líderes da insurgência islamita que, nos anos 1990, foi duramente reprimida pelo então ditador Hosni Mubarak, deposto em 2011. Ele foi torturado durante o período.


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