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Obama diz ter feito contato com iraniano

Presidente dos EUA afirma ter se correspondido com Rowhani, novo líder do Irã; países estão rompidos desde 1979

Americano diz, porém, que país persa ainda representa ameaça a Israel 'mais próxima dos nossos interesses'

SAMY ADGHIRNI DE TEERÃ

O presidente dos EUA, Barack Obama, admitiu ter se correspondido com o novo colega iraniano, Hasan Rowhani, para tentar diluir a tensão entre os dois países, mas avisou que ainda cogita ordenar um ataque ao Irã.

Num programa da TV americana ABC divulgado ontem, Obama foi questionado se havia feito contato com Rowhani, eleito em junho com a promessa de apaziguar a relação de Teerã com o Ocidente.

"Sim, eu fiz. E ele me contactou. Não nos falamos diretamente", disse o presidente, afirmando que o contato foi feito por carta. Não está claro qual dos dois presidentes iniciou a correspondência nem o teor das mensagens.

A declaração de Obama confirma relatos de contato entre os dois países, oficialmente rompidos desde 1979, quando estudantes invadiram a Embaixada dos EUA em Teerã e mantiveram reféns 52 americanos durante mais de um ano em represália ao asilo dado por Washington ao xá deposto, Reza Pahlavi.

Desde então, houve vários esboços de diálogo entre Irã e EUA sobre temas de interesse comum, como estabilização do Afeganistão e combate às drogas. Mas os contatos foram rompidos nos últimos anos em meio ao impasse acerca do programa nuclear iraniano, que o Ocidente suspeita ter fins militares.

Teerã nega querer a bomba e alega que tratados internacionais lhe dão o direito de enriquecer urânio para produzir energia e medicamentos. Mas a posição iraniana ficou enfraquecida devido à retórica incendiária anti-Israel do antecessor de Rowhani, Mahmoud Ahmadinejad.

Israel, apesar de ser a única potência atômica do Oriente Médio, diz encarar o programa nuclear iraniano como ameaça e cobra do aliado americano apoio para um eventual ataque ao Irã.

Num aceno a Israel, Obama se disse mais preocupado com o programa nuclear iraniano do que com o recente ataque com armas químicas na Síria, que matou centenas de civis nos arredores de Damasco e foi atribuído pelo Ocidente ao governo sírio.

"A ameaça que o Irã representa em relação a Israel é muito mais próxima dos nossos interesses essenciais."

Obama disse que a suspensão do plano de ataque à Síria, em virtude de acordo com a Rússia para desmantelar arsenais químicos sírios, não deve ser interpretada por Teerã como fraqueza dos EUA.


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