Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Foco

'Drone' invade evento de Merkel em meio a campanha alemã

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A chanceler alemã Angela Merkel foi surpreendida anteontem por um "drone" que invadiu um evento de campanha em Dresden (leste do país) e caiu a dois metros dela. Ela enfrenta uma difícil reeleição como chefe de governo no domingo.

O artefato era de pequeno porte (40 centímetros de largura) e carregava uma câmera fotográfica.

O "ataque" foi reivindicado pelo Partido Pirata, legenda que prega o direito à privacidade e à liberdade de informação.

O vice-presidente da sigla, Markus Barenhoff, declarou em comunicado que o protesto visava mostrar a Merkel e ao ministro da Defesa, Thomas de Maizière, também presente ao comício, "qual a sensação de se sentir subitamente observado por um drone'".

Um membro não identificado do partido, que operava o miniavião, afirmou que estava só filmando Merkel e outros políticos. Ele disse ter feito um pouso de emergência "na área em frente ao palco, para não pôr ninguém em perigo", depois que a polícia o obrigou a desligar o aparelho.

O porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, descartou risco à segurança dela.

Os "piratas" receberam 2% dos votos (cerca de 846 mil) nas eleições de 2009, o que os deixou sem representação no Parlamento federal alemão --para isso, são necessários ao menos 5% dos votos. Nos Parlamentos regionais do país, ocupam 45 das 1.875 cadeiras.

USO POLÊMICO

O emprego de "drones" (aviões não tripulados) em ações militares ou de vigilância é polêmico na Alemanha. Maizière é criticado por ter gasto mais de € 500 milhões (US$ 667 milhões) num projeto de aviões-espiões abortado por problemas técnicos.

"Para nós, o uso de drones' dentro da estrutura de segurança da União Europeia é a expressão de uma tendência desastrosa", afirmou o comunicado do Partido Pirata.

Em maio, a Deutsche Bahn, empresa que gerencia as ferrovias alemãs, propôs testar "drones" para coibir a ação de pichadores, com sensores infravermelhos que permitiriam identificar responsáveis por casos de vandalismo.

O anúncio da empresa ferroviária gerou críticas de grupos que invocaram as leis de proteção à privacidade na Alemanha.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página