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À espera de Maduro, China libera verba

Aportes de US$ 5 bi e de US$ 14 bi para setor de petróleo são anunciados antes de viagem do venezuelano

Sob críticas da oposição, mandatário chegará a Pequim no sábado para visita de 12 dias, a 1ª como presidente

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Dias antes da primeira viagem presidencial de Nicolás Maduro à China, Pequim fez dois grande anúncios esperados pela Venezuela: um novo empréstimo de US$ 5 bilhões (R$ 10,95 bilhões) e investimentos de US$ 14 bilhões (R$ 30,66 bilhões) para a exploração de petróleo.

Os acordos foram anunciados ontem pelo ministro do Petróleo e Mineração, Rafael Ramírez, que já está em Pequim para preparar a chegada de Maduro, no sábado.

"Com o Banco de Desenvolvimento acordamos [...] US$ 5 bilhões para projetos da pátria, do povo", comemorou Ramírez, no Twitter.

A liberação vai, de acordo com analistas de mercado, diminuir a pressão para que a Venezuela faça emissões de bônus no mercado internacional para captar recursos.

Com os novos US$ 5 bilhões, chega a ao menos US$ 41 bilhões o montante emprestado por Pequim a Caracas desde 2008, mediante pagamento parcelado com envios de petróleo.

Daí o redobrado interesse da China, hoje a maior credora da Venezuela, em também garantir a exploração do óleo ultrapesado da faixa do Orinoco, no centro do país.

Os US$ 14 bilhões anunciados irão, segundo o ministro, para um projeto conjunto das estatais PDVSA e da chinesa CNPC para a exploração do bloco Junin 10, na faixa.

Outros detalhes do acordo não foram divulgados.

A faixa do Orinoco guarda, segundo a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), a maior reserva comprovada de petróleo do mundo, mas a produção estancou nos últimos anos e há dificuldades para fechar acordo com outros sócios.

O bloco Junin 10 começou a ser operado pela PDVSA sozinha no ano passado, porque tanto a francesa Total como a norueguesa Statoil desistiram do negócio.

12 DIAS E CRÍTICA

A verba chinesa também vai para a elaboração de um "mapa" na mineração. Outros US$ 390 milhões (R$ 854,1 milhões) do China Eximbank vão para a construção de um porto para a estatal petroquímica Pequiven.

A falta de detalhes dos acordos e a crescente dependência da China --o segundo maior destino para o petróleo venezuelano, depois dos EUA-- são motivos de críticas frequentes da oposição ao governo de Maduro.

Os parlamentares opositores questionaram a extensão da viagem de Maduro à China, que durará ao menos 12 dias, segundo autorização dada pela Assembleia.

"Não é possível que essa Assembleia diga que o presidente vá a China porque é importante e se negue a que venha aqui o ministro da Fazenda para ver os problemas econômicos do país", disse o opositor Carlos Berrizbeitia.

A taxa anual de inflação da Venezuela alcançou 45,4% em agosto, o índice mais alto desde 2008. Nos oito primeiros meses, o acumulado foi de 32,9%. A perspectiva de crescimento do PIB é de 1%, segundo a Cepal, a mais baixa da América Latina.


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