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Irã e Reino Unido dão primeiro passo para reabrir embaixadas

Relação bilateral está congelada desde protestos de 2011 em Teerã

SAMY ADGHIRNI DE TEERÃ

Reino Unido e Irã anunciaram ontem ter dado o primeiro passo para normalizar as relações bilaterais, congeladas desde 2011, quando manifestantes invadiram a embaixada britânica em Teerã.

"Nossos países irão apontar um encarregado de negócios não residente que terá a missão de construir relações [...] rumo a uma possível reabertura de nossas embaixadas", afirmou em Londres o chanceler britânico, William Hague.

Encarregado de negócios é um chefe de missão diplomática sem título de embaixador.

Hague afirmou que a decisão reflete o cauteloso otimismo gerado no Ocidente com a chegada do centrista Hasan Rowhani à Presidência do Irã.

Eleito em junho, Rowhani vem multiplicando acenos ao Ocidente, o que gera esperança de um possível acordo sobre o programa nuclear iraniano.

"Está claro que o novo presidente e seus ministros estão apresentando [...] seu país de maneira mais positiva", declarou Hague.

A chancelaria iraniana disse que a elevação das relações para o nível de encarregados de negócio não residentes já está em vigor. Os nomes dos escolhidos para os cargos não foram divulgados.

Os laços bilaterais estavam congelados desde que militantes pró-regime invadiram e saquearam os dois prédios da Embaixada do Reino Unido em Teerã, num ato de represália a sanções econômicas impostas ao Irã e à ingerência britânica na história iraniana.

A invasão não deixou feridos, mas representou grave violação das convenções de proteção a diplomatas e gerou temores de um novo sequestro de embaixada semelhante à tomada da representação americana em Teerã em 1979, que durou mais de um ano e selou o fim dos laços entre Irã e EUA.

Para retaliar o ataque, o Reino Unido fechou a embaixada do Irã em Londres e expulsou diplomatas iranianos.


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