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Seguidores mantêm crença mística inacessível

DO ENVIADO A NABI SHUAIB

Os seguidores da fé drusa parecem prontos para o enredo de um best-seller. Eles mantêm há mil anos, em vilarejos e montanhas, uma crença mística e inacessível. Quase tudo por ali é secreto.

Parte central da vida desse povo religioso é a ideia de manter para si a sua religião. Só é possível ser druso tendo pai e mãe seguidores dessa fé. Conversões são proibidas.

O obstáculo ao proselitismo data de meados do século 11, décadas depois de os ensinamentos drusos terem sido revelados pelo místico Hamza ibn Ahmad, em um Egito politicamente instável.

O califa fatímida Ali al-Zahir, perseguindo drusos, obrigou esses religiosos a buscar o subterrâneo como habitat natural, após massacres em Alexandria e Aleppo.

As constantes perseguições deram fama aos drusos como guerreiros implacáveis. Por tradição, há para esse povo grande apreço pela família e pelo serviço ao país.

Eles defenderam a costa síria contra a invasão dos cruzados europeus, na Idade Média, e se tornaram uma importante força política na era moderna ao redor das montanhas do atual Líbano.

Seu personagem mais notável é o príncipe Fakhr al-Din, que no século 17 travou alianças com o grão-duque da Toscana e a família Médici, tomando um amplo território no Oriente Médio e ameaçando a unidade territorial do Império Otomano.

Hoje, drusos são encontrados por toda a região. Em Israel, eles se concentram ao norte, peregrinando à tumba de Jetro, sogro de Moisés.

Para além dos segredos, incluindo textos e ensinamentos apenas acessíveis a iniciados, sabe-se que a fé dos drusos surgiu a partir do islã xiita. Eles acreditam na unidade de Deus e na ausência de atributos divinos. (DB)


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