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Sete integrantes da Cruz Vermelha são sequestrados no norte da Síria
Governo atribui ação a 'terroristas'; bombas explodem em Damasco
Sete funcionários do Comitê Internacional da Cruz Vermelha foram sequestrados ontem de manhã por homens armados que detiveram seu comboio perto da cidade de Saraqeb (província de Idlib, na região norte da Síria).
Segundo o porta-voz da Cruz Vermelha em Damasco, Simon Schorno, o sequestro aconteceu quando os funcionários --seis da equipe da organização e um voluntário do Crescente Vermelho (equivalente da organização em países muçulmanos)-- estavam tentando voltar à capital do país. Suas nacionalidades não foram reveladas.
Os sete homens, de acordo com o porta-voz, estavam na região desde quinta-feira, para avaliar a situação e providenciar ajuda médica às vítimas da guerra civil no país --estima-se que mais de 100 mil pessoas tenham morrido no conflito desde março de 2011.
Schorno afirmou não saber quem está por trás do ataque. A agência estatal de notícias da Síria disse que os homens armados atiraram no comboio da Cruz Vermelha antes do sequestro e atribuiu a ação a "terroristas" --termo usado pelo regime de Bashar al-Assad para designar rebeldes.
Boa parte de Idlib é dominada por insurgentes, muitos dos quais extremistas islâmicos; sequestros têm sido frequentes, principalmente de jornalistas estrangeiros e funcionários de entidades que dão assistência a vítimas.
Ontem à tarde, segundo a mídia oficial síria, dois carros-bomba explodiram perto da sede da TV estatal, em Damasco, provocando danos no prédio. O Observatório Sírio de Direitos Humanos, organização oposicionista baseada em Londres, confirmou a ocorrência do ataque. Não há informação sobre vítimas.
