Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Clérigos autorizam sírios a comer cães e gatos

Decreto religioso decorre da falta de alimentos para a população em meio à guerra civil

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

Em meio à calamidade humanitária trazida pela insurgência e repressão na Síria, autoridades islâmicas decretaram que é religiosamente permitido alimentar-se de cães, gatos e outros animais.

A fatwa, um decreto religioso, foi emitida durante o fim de semana no campo de refugiados palestinos de Yarmuk, em Damasco, de acordo com reportagem do jornal "Al-Sharq al-Awsat".

Não foi possível verificar a informação de maneira independente, mas a notícia não é isolada. No ano passado, decisão semelhante havia permitido a ingestão de animais na cidade síria de Homs.

O campo de refugiados de Yarmuk está localizado em uma região da capital sob sítio, no fogo cruzado entre rebeldes e tropas do ditador Bashar al-Assad.

Com bloqueios, não é possível a entrada de mantimentos, razão citada na fatwa.

Há também aumento no preço dos alimentos. Segundo o "Al-Sharq al-Awsat", os três primeiros cães foram mortos no fim de semana.

Diante da situação extrema, clérigos sírios reforçaram ontem o pedido para que haja ajuda humanitária à região. "Como o mundo dorme de barriga cheia enquanto há pessoas famintas?", afirmou um líder religioso em uma transmissão pela TV.

De acordo com a rede Al Arabiya, a posição é apoiada por diversos clérigos e estudiosos da lei islâmica. Líderes em Damasco fizeram menção aos peregrinos em Meca, durante o ritual anual, enquanto "há pessoas morrendo de fome" na Síria.

"Vocês estão esperando que vamos comer a carne dos nossos mártires?" afirmou um dos clérigos.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página