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Vencedores do Nobel pedem a Putin que solte ativistas

Acusação de pirataria contra membros do Greenpeace é 'excesso', afirma carta

Presidente russo não é destinatário adequado, diz porta-voz; audiência sobre ativista brasileira é adiada pela Justiça

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Onze vencedores do Prêmio Nobel da Paz entregaram ontem uma carta ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, para defender os 30 tripulantes de um barco do Greenpeace detidos em setembro, entre eles a bióloga e ativista brasileira Ana Paula Maciel.

"Nós escrevemos para pedir que faça tudo o que estiver ao seu alcance para que as acusações excessivas de pirataria contra os 30 integrantes do Greenpeace sejam anuladas", afirma a carta.

Entre os signatários da mensagem estão o arcebispo sul-africano Desmond Tutu (Nobel da Paz em 1984), o argentino Adolfo Pérez Esquivel (premiado em 1980), a guatemalteca Rigoberta Menchú (1992) e o ex-presidente da Costa Rica Oscar Arias (1987).

"O presidente tem muito respeito pelos vencedores do prêmio e presta grande atenção à sua opinião. Mas, neste caso, não é o destinatário adequado", declarou o porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, em referência à decisão da Justiça russa de prender os tripulantes do barco.

Em setembro, o mandatário russo disse que os militantes do Greenpeace não eram "piratas", mas violaram a lei.

Os 11 signatários ainda advertiram Putin sobre os riscos da exploração de petróleo no Ártico.

"Nós pedimos a todos os Estados que façam o máximo possível para proteger esse precioso tesouro da humanidade. Como um dos países mais diretamente envolvidos, pedimos que lidere pessoalmente este esforço".

Em 18 de setembro, o barco Arctic Sunrise, do Greenpeace, foi detido por uma unidade da guarda costeira russa no mar de Barents (Ártico russo) depois que vários integrantes da ONG, a bordo de botes infláveis, abordaram uma plataforma de petróleo russa e tentaram escalá-la.

A intenção, segundo os tripulantes, era abrir uma faixa de denúncia sobre os riscos ecológicos da exploração de petróleo e gás pela estatal russa Gazprom na região.

A Justiça da Rússia indiciou toda a tripulação do barco por "pirataria em grupo organizado", um tipo de crime que no país pode ser punido com até 15 anos de prisão.

A audiência que iria analisar se Ana Paula Maciel pode responder à acusação de pirataria em liberdade provisória foi adiada pela Justiça russa. Marcada inicialmente para ontem, a apreciação do recurso dos advogados do Greenpeace foi cancelada por problemas de tradução.

Segundo a ONG, ainda não foi definida a nova data.

Ontem, o Greenpeace divulgou uma foto de Ana Paula dentro da cela na corte de Murmansk (norte da Rússia). A ativista brasileira segurava um cartaz com os dizeres "Amo a Rússia, mas me deixem ir para casa", em inglês.


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