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Síria lança ofensiva após morte de general

Forças de Assad bombardeiam cidade no leste após assassinato de um dos principais chefes da inteligência por rebeldes

General assassinado, Jama'a Jama'a, chegou a ser investigado pela morte do ex-premiê libanês Hariri em 2005

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em represália à morte de um dos principais oficiais de inteligência do regime de Bashar al-Assad, caças sírios bombardearam ontem a cidade de Deir Ezzor, no leste do país, após violentos combates durante a noite entre rebeldes e forças do governo.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, organização oposicionista com sede em Londres, o general Jama'a Jama'a, 59, foi morto anteontem por franco-atiradores no meio de uma batalha contra rebeldes, entre os quais se incluíam forças da rede terrorista Al Qaeda.

Chefe da inteligência militar na região de Deir Ezzor-- província produtora de petróleo que faz fronteira com o Iraque--, Jama'a ocupara o mesmo cargo no Líbano até 2005, quando Assad, sob intensa pressão externa, retirou as tropas do país vizinho.

A retirada ocorreu após o assassinato, em fevereiro daquele ano, do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, um crime atribuído aos sírios na época e pelo qual o próprio Jama'a foi investigado.

Em agosto de 2011, cinco meses depois do início da onda de protestos contra Assad, a União Europeia impôs sanções a Jama'a por sua participação na "repressão e violência contra a população civil".

Rebeldes e ativistas civis da oposição celebraram a morte do general, vista como um revés significativo do regime na disputa pela região.

Oposicionistas afirmam que dezenas de rebeldes e integrantes das forças pró-Assad morreram nesta semana nos combates em torno de Deir Ezzor. O observatório relatou confrontos noturnos em vários bairros da cidade e disse que rebeldes da Frente Nusra, ligada à Al Qaeda, executaram dez soldados capturados no bairro de Rashidiyah, onde Jama'a foi morto.

A censura imposta pela Síria à imprensa impede que as informações sejam verificadas de modo independente.

CONFLITO AO NORTE

Na província de Aleppo, no norte sírio, outro confronto entre as forças do governo e a insurgência resultou na morte de pelo menos 20 pessoas na cidade de Tel Aran, a maioria delas civis, sempre segundo relatos de ativistas.

A maior parte dos habitantes de Tel Aran é da etnia curda --nos últimos meses, a cidade se vê no meio do fogo cruzado entre rebeldes extremistas e as tropas de Assad.

Na mesma província, perto da cidade de Khanaser, 20 soldados sírios foram mortos por rebeldes, conforme informações do observatório.

Ontem à noite, um grupo rebelde libertou nove libaneses xiitas que haviam sido sequestrados em maio de 2012, quando seguiam para o Irã em peregrinação religiosa. Segundo o governo do Líbano, os nove ex-reféns estão agora em território turco.

Os confrontos na Síria, que começaram em março de 2011, já deixaram mais de 100 mil mortos, estima a ONU.


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