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EUA espionaram 35 líderes, diz jornal

Revelação é do britânico "Guardian", feita com base em documentos vazados pelo ex-espião Edward Snowden

Nomes dos líderes não foi revelado; acusação ocorre na semana em que Merkel viu indício de ter sido espionada

LEANDRO COLON DE LONDRES

O escândalo envolvendo a espionagem americana contra países aliados ganhou um capítulo ontem que deve agravar ainda mais a crise internacional sobre o caso.

Desta vez, ao menos 35 líderes mundiais foram monitorados pelo serviço de inteligência dos EUA nos últimos anos, segundo o jornal britânico "The Guardian".

A revelação é parte dos documentos vazados por Edward Snowden, que trabalhava como técnico na Agência de Segurança Nacional (NSA).

Segundo o jornal, a NSA passou a fazer essa espionagem em cima de 200 números de telefones fornecidos por um funcionário de outro departamento do governo.

Os contatos dos 35 líderes monitorados estariam nesse banco de dados. A informação é baseada em um documento com data de 27 de outubro de 2006, que o jornal reproduz.

Não se sabe ainda quem são os 35 líderes, mas a informação vem a público em meio à mais recente crise sobre o tema, desta vez envolvendo a Alemanha. Segundo o governo alemão, a própria chanceler Angela Merkel teve seu telefone espionado pelas autoridades dos EUA.

Até agora, os governos de Brasil, França e México haviam sido mencionados como alvo dos americanos.

A presidente Dilma Rousseff, citada nos documentos, assim como a Petrobras, tem cobrado publicamente uma resposta do governo de Barack Obama às acusações de espionagem. Por causa do episódio, ela chegou a adiar uma visita que faria a Washington neste mês.

O documento divulgado ontem pelo "Guardian" mostra que a agência de espionagem dos EUA incentivou outros órgãos, como Pentágono e Casa Branca, a compartilhar os contatos de autoridades disponíveis nos seus bancos de dados.

O relatório menciona a existência de dados de telefones fixos e celulares, fax e contatos residenciais de líderes políticos e militares.

O jornal informa que, diante dos dados que possui, é possível avaliar que o governo americano espionou de maneira rotineira os líderes.

Mas a operação teria tido resultados "pouco" significativos. A Casa Branca não comentou mais essa denúncia.


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