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Para Merkel, confiança nos EUA agora está prejudicada

Alemã pede que seja 'restaurada' relação de seu país com os americanos

Ministério convoca o embaixador dos EUA para também reclamar de suposto grampo no celular da chanceler

LEANDRO COLON DE LONDRES

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse ontem que a relação de confiança entre seu país e os EUA está abalada por causa dos indícios de que ela também foi espionada pelos americanos.

"Nós precisamos ter confiança entre aliados e parceiros, e essa confiança [entre EUA e Alemanha] precisa ser restaurada", afirmou em Bruxelas, onde participa de encontro da cúpula dos líderes da União Europeia.

A declaração foi dada um dia depois de ela telefonar para o presidente americano, Barack Obama, para protestar contra a espionagem que alega ter sofrido. "Eu disse isso para ele em junho, quando esteve em Berlim, em julho e também ontem [quarta], em uma ligação telefônica", declarou a chanceler. O governo alemão já havia declarado considerar "inaceitável" o episódio.

Num gesto político que reforça simbolicamente a insatisfação de Merkel, o embaixador americano na Alemanha foi convocado ontem a dar explicações ao ministro das Relações Exteriores, Guido Westerwelle.

É a primeira vez desde a Segunda Guerra que o embaixador de um país aliado é chamado diante dessas circunstâncias.

Um telefone usado por Merkel entre outubro de 1999 e julho de 2013 teria sido alvo dos americanos, segundo informações do governo alemão. O número desse telefone estaria nos documentos do ex-analista da NSA Edward Snowden.

Questionada ontem sobre o assunto, a Casa Branca não negou que o celular da chanceler alemã tenha sido monitorado. O porta-voz, Jay Carney, disse apenas que Merkel não está sendo espionada agora e nem será no futuro pelo governo Obama.

Sobre o passado, optou por não se manifestar. "Não vamos comentar publicamente cada suposta atividade de inteligência", disse.

ALBRIGHT

A ex-secretária de Estado americana Madeleine Albright (1993-97) disse ontem que suas conversas foram espionadas pela França quando estava no poder. "Isso [o atual escândalo] não é uma surpresa, os países se espionam uns aos outros", disse.


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