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Tribunal mantém pena perpétua a chinês

Ex-dirigente do Partido Comunista teve carreira destruída por suposta tentativa de acobertar morte de britânico

No presídio, Bo Xilai receberá tratamento de luxo, porém sob a permanente vigilância dos agentes do regime

DA AFP, EM JINAN

Uma corte do leste da China confirmou ontem a pena de prisão perpétua para Bo Xilai, ex-membro do Partido Comunista chinês condenado no mês passado por corrupção, malversação de fundos e abuso de poder.

O anúncio --decidido pela cúpula do PC, que está submetida à Justiça chinesa-- sela o destino do principal dirigente do país levado aos tribunais nos últimos anos.

"Os fatos estabelecidos em primeira instância eram claros. As provas eram concretas e suficientes. Os procedimentos estavam de acordo", afirmou o tribunal.

Nas imagens exibidas pela TV estatal, Bo Xilai, 64, aparecia algemado e ao lado de dois policiais. Ele ouviu o veredicto e foi retirado do tribunal, diante de mais de cem pessoas presentes na sala de audiências.

Bo foi condenado principalmente em razão do caso do assassinato do executivo britânico Neil Heywood, que, conforme a Justiça chinesa, foi cometido pela mulher dele, Gu Kailai. Bo teria tentado acobertar o crime.

Ambicioso e carismático, o ex-ministro de Comércio assumiu em 2007 o comando da metrópole de Chongqing (sudoeste), que transformou em um polo econômico.

Sua queda no ano passado foi provocada pela deserção de seu braço direito, Wang Lijun, o chefe da polícia de Chongqing.

Entre outras coisas, Wang revelou que o britânico foi assassinado pela mulher de Bo Xilai. A brilhante advogada, que teria agido por motivos financeiros e para proteger o filho do casal, também foi condenada à prisão perpétua.

Na penitenciária de Qinsheng, ao norte de Pequim, reservada à elite comunista, Bo receberá tratamento digno de um hotel de luxo, mas sob vigilância constante dos agentes do regime.


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