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China suspeita de terrorismo em choque de carro contra multidão

Incidente matou 5 e feriu 38 na praça da Paz Celestial, em Pequim

MARCELO NINIO DE PEQUIM

Por trás do silêncio das autoridades e da censura redobrada, a polícia chinesa suspeita de atentado terrorista no choque de um carro contra a multidão no centro de Pequim, anteontem.

Cinco pessoas morreram e 38 ficaram feridas quando o utilitário esportivo avançou contra uma área de pedestres e depois pegou fogo na entrada da Cidade Proibida, na praça da Paz Celestial.

Horas depois, a polícia enviou comunicado a hotéis de Pequim pedindo informações sobre "hóspedes suspeitos".

A mensagem, divulgada por usuários de redes sociais, incluiu o nome de duas pessoas de Xinjiang, a conturbada região no noroeste onde a minoria muçulmana uigur demonstra crescente insatisfação com o governo central.

Há dois meses, dois uigures foram condenados à morte, acusados de terrorismo, após confrontos em Xinjiang que mataram 27. Segundo a BBC, o serviço de notícias uigur negou que membros da etnia estejam envolvidos no incidente e acusou o governo chinês de manipular provas.

Sob anonimato, uma fonte do governo chinês afirmou à agência Reuters que a suspeita é de atentado suicida: "Não foi acidente. O jipe derrubou barricadas e avançou contra pedestres. Os três homens [no carro] não tinham planos de fugir do local".

Não houve confirmação oficial de suspeita de terrorismo --o governo limitou-se a dizer que o caso está "sob investigação". Testemunhas ouvidas pela mídia estatal contaram que o veículo rompeu a barricada e percorreu 400 m em alta velocidade antes de atingir os pedestres.

Coração político e símbolo do poder comunista, a praça é o local mais policiado de Pequim. A vigilância tornou-se mais intensa desde a violenta repressão do Exército chinês aos protestos estudantis de 1989, que matou centenas.


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