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Turquia abre túnel que liga Europa à Asia

Localizada no estreito de Bósforo, em Istambul, obra de R$ 9 bilhões é a primeira do tipo a ligar dois continentes

Para críticos, projeto não é seguro e premiê acelerou inauguração para obter benefícios nas eleições de março

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Turquia inaugurou ontem, no aniversário de 90 anos da república, o primeiro túnel subaquático do mundo a ligar dois continentes.

O Marmaray, túnel ferroviário de 13,6 km com uma parte submersa de 1,4 km, conectará a Ásia e a Europa sob o estreito de Bósforo, em Istambul. Principal metrópole do país, a cidade é dividida entre os dois continentes --a ligação terrestre é feita por duas pontes atualmente.

"Peço a Deus que o Marmaray que estamos inaugurando seja um benefício para a nossa Istambul, para o nosso país, para toda a humanidade", disse o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan.

Com apoio financeiro do Japão e do Banco Europeu de Investimento (BEI), a obra, orçada em € 3 bilhões (R$ 9 bi), começou em 2005 e deveria durar quatro anos. Mas foi suspensa por longo tempo com a descoberta de tesouros arqueológicos, como um porto bizantino do século 4º.

Na parte aquática, o túnel, um duplo tubo submerso a mais de 50 metros de profundidade, não foi escavado no solo. As seções foram colocadas sobre o leito do estreito.

Localizada em região de forte atividade sísmica, a obra foi projetada para resistir a terremotos de magnitude 9. Segundo o ministro dos Transportes, Binali Yildrim, o túnel é "o lugar mais seguro de Istambul".

A Câmara de Engenheiros e Arquitetos da Turquia, porém, aconselhou as pessoas a não usarem o Marmaray "por razões de segurança".

O prefeito de Istambul, Kadir Topbas, rebateu as críticas e disse que ele é seguro.

Críticos ainda acusaram Erdogan de ter precipitado a inauguração para obter ganhos nas eleições municipais de março de 2014.

A ideia de um túnel sob o Bósforo foi citada pela primeira vez em 1860 pelo sultão otomano Abdulmedjid. Dificuldades técnicas e financeiras impediram a execução da obra à época.

Nos anos 1990, o projeto voltou a ser cogitado devido à explosão demográfica em Istambul, cuja população dobrou desde 1998 e ultrapassa hoje os 15 milhões.


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