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Na OEA, jornalistas acusam Cristina de cercear a imprensa

Profissionais veem demonização da mídia; críticos são 'voz das corporações', diz governo

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

Dois jornalistas argentinos acusaram o governo de Cristina Kirchner de cercear a liberdade de imprensa no país. Eles participaram de uma audiência na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos), em Nova York, na tarde de ontem.

Joaquín Morales Solá, colunista do jornal "La Nación" e do canal a cabo TN, do Clarín, e Magdalena Ruiz Guiñazu, apresentadora da Rádio Continental, representaram um grupo que inclui outros cinco jornalistas do país.

Solá falou em "represálias através da demonização do jornalismo independente". Segundo o jornalista, o Estado promove uma censura indireta utilizando-se de diversos meios para difamar os jornalistas que têm uma visão crítica ao governo.

Já Magdalena contou um episódio ocorrido há três anos. Segundo a jornalista, ela foi submetida a "um julgamento ético e popular" na frente da Casa Rosada, no qual foi acusada falsamente de ter sido chefe de imprensa do Ministério da Economia durante a ditadura militar na Argentina (1976-1983).

Dois membros do governo argentino também participaram da audiência.

A embaixadora argentina na organização, Nilda Garré, qualificou a exposição dos jornalistas como "a voz das corporações".

Nesta semana, o governo ganhou na Justiça uma batalha de quatro anos contra o grupo de mídia Clarín, principal crítico à gestão de Cristina. A Corte Suprema declarou constitucionais quatro artigos antimonopólio da Lei de Mídia que eram questionados pela empresa.

Anteontem, o governo argentino deu 15 dias ao Clarín para aceitar seu processo de desmembramento, decorrente da aplicação da lei.

A OEA reconheceu neste ano que a Lei de Mídia "representa um importante avanço" na Argentina.


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