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Alemanha cobra britânicos após nova denúncia de espionagem

Segundo jornal "The Independent", embaixada em Berlim abriga estação secreta desde 2000

Chancelaria alemã chama embaixador do Reino Unido para pedir explicações sobre nova revelação

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ministro de Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle, chamou ontem o embaixador britânico em Berlim, Simon McDonald, para dar explicações sobre denúncias de espionagem cometidas contra autoridades alemãs pela GCHQ, a agência de vigilância do Reino Unido.

Ontem, o jornal britânico "The Independent" publicou reportagem --com base em documentos secretos dos EUA vazados por Edward Snowden e fotografias aéreas-- sugerindo que a Embaixada do Reino Unido em Berlim, próxima ao Parlamento alemão e ao gabinete da chanceler Angela Merkel, abriga uma estação de espionagem desde 2000. A central ficaria em uma tenda instalada no teto da embaixada.

Ligações para celulares, informações transmitidas via wi-fi e comunicações de longa distância teriam sido interceptadas.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, não explicou para que serve a tenda e disse que não comentaria assuntos relacionados à inteligência. "Temos uma excelente relação com o governo alemão e acredito que isso continuará", declarou. Já a chancelaria alemã disse que a intercepção de comunicações em missões diplomáticas viola leis internacionais.

É a segunda denúncia grave de que o governo alemão foi alvo de espionagem --a primeira foi a de que o próprio celular de Merkel teria sido grampeado pelos EUA.

REDE

A instalação na embaixada britânica faria parte de uma série de outras unidades de espionagem em edifícios diplomáticos, espalhadas por todo o mundo e operadas pela Agência de Segurança Nacional americana (NSA), a GCHQ, o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia. Várias estariam localizadas em telhados de edifícios.

Na semana passada, uma instalação do tipo, localizada no telhado da Embaixada dos EUA em Berlim, teria sido fechada após a denúncia de grampo contra Merkel.

A instalação desmontada pelos americanos, segundo o "Independent', assim como a "tenda" na embaixada britânica, faria parte de um programa secreto chamado de Serviço de Coleta Especial (SCS, na sigla em inglês).

Documentos da NSA obtidos pelo jornal mostram que, recentemente, Washington teria fechado algumas das mais de cem instalações do SCS que operavam em edifícios diplomáticos, transferindo algumas das missões ao GCHQ. Em 2010, segundo o "Independent", 19 unidades do SCS operavam na Europa, inclusive em Berlim e Frankfurt.

Sobre esses locais, o documento da NSA obtido pelo "Independent" diz: "As instalações são pequenas em tamanho e em número de funcionários. São secretas e sua verdadeira missão não é conhecida pela maioria da equipe diplomática que atua nas unidades onde elas estão funcionando".


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