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Análise

Governador de Nova Jersey é o nome da vez na política do país

MARCOS AUGUSTO GONÇALVES DE NOVA YORK

Os resultados das eleições de anteontem em alguns Estados e cidades dos EUA trouxeram boas notícias para democratas e republicanos, mas não tão boas para os ultraconservadores do Tea Party.

Em Nova York, a folgada vitória de Bill de Blasio, um candidato à esquerda do espectro ideológico, que enfatiza temas como educação infantil e combate à desigualdade, foi um incontestável triunfo do Partido Democrata, que volta à prefeitura depois de 20 anos.

O eleito, porém, ainda precisa ter sucesso na implantação de sua plataforma progressista para pensar em transcender as fronteiras da maior metrópole do país.

Mais relevante para a cena política nacional foi o triunfo de Chris Christie, reeleito para o governo de Nova Jersey. Moderado e pragmático (embora estrategicamente se defina como um conservador), Christie oferece aos republicanos uma oportunidade de corrigir rumos e seguir por uma rota menos sectária.

Seu partido vem de uma atuação desastrada na Câmara, onde, sob liderança do Tea Party, tentou emparedar o presidente Barack Obama com um "apagão" orçamentário e a ameaça de não votar o aumento do teto da dívida pública.

O objetivo era arrancar mudanças no Obamacare --a lei de saúde criada pelo governo. O tiro saiu pela culatra e os índices de rejeição aos republicanos dispararam.

Christie tem notórias pretensões de disputar a Casa Branca --e possui credenciais para isso.

Na eleição de anteontem, ele obteve votos de 57% das mulheres, 51% dos hispânicos, 21% dos negros e 31% dos que se declaram simpatizantes do Partido Democrata.

Seu desempenho nessas faixas foi bem superior ao de 2009 e deixou longe os resultados do último postulante republicano à Presidência, Mitt Romney, um fiasco eleitoral fora da população branca.

As virtudes políticas de Christie se destacaram ainda mais com o fracasso do candidato ultraconservador ao governo da Virgínia, Ken Cuccinelli, batido pelo democrata Terry McAuliffe.

Cuccinelli, na linha do Tea Party, insistiu que o pleito seria um referendo sobre o Obamacare, rejeitado, segundo pesquisas, pela maioria da população. Mas quebrou a cara. Pelo menos por ora, Christie é a bola da vez.


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