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Inteligência britânica nega ilegalidade e ataca Snowden

Parlamento sabatina três diretores do setor

LEANDRO COLON DE LONDRES

Em sabatina no Parlamento, os chefes das três agências de inteligência do Reino Unido atacaram o ex-agente americano Edward Snowden e disseram que não há ação ilegal por parte do governo local.

Um comitê ouviu ontem Andrew Parker, diretor do MI5 (inteligência interna), John Sawers (MI6, serviço externo) e Iain Lobban, responsável pela área de escutas, o GCHQ.

Segundo eles, o trabalho feito até hoje não fere as liberdades individuais, não atinge a maioria da população britânica e é "proporcional" às necessidades da inteligência do país. "Não passamos o dia escutando telefonemas ou lendo e-mails da ampla maioria", declarou Lobban.

O depoimento deles levou uma hora e meia e foi transmitido ao vivo pela TV, com dois minutos de atraso para evitar o risco de que informações sigilosas fossem divulgadas em meio ao debate.

Mesmo assim, só a realização da sabatina foi considerada sem precedentes pela mídia britânica, por tratar de um tema delicado e sempre discutido a portas fechadas.

O governo britânico tem sido apontado, segundo documentos de Snowden (ex-técnico da Agência de Segurança Nacional dos EUA), como aliado americano na espionagem ilegal de países aliados.

Na terça, por exemplo, o ministro de Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle, convocou o embaixador britânico em Berlim, Simon McDonald, para dar explicações sobre suposta espionagem cometida pela GCHQ.

Ontem, os chefes da inteligência britânica repudiaram as acusações e atacaram Snowden, a quem acusam de ajudar grupos terroristas, como a rede Al Qaeda, ao divulgar documentos secretos.

"Os vazamentos foram muito prejudiciais, colocando nossas operações em risco. Nossos adversários estão esfregando as mãos de contentamento", disse Sawers.

Segundo Lobban, antes dos recentes vazamentos, os serviços de inteligência captavam com certa frequência conversas de "grupos terroristas" no Oriente Médio, no Afeganistão e em outros países. Agora, disse ele, esses grupos estariam revendo as formas de comunicação para escapar do monitoramento.

De acordo com os chefes de inteligência, 34 "complôs terroristas" foram desmontados desde o atentado de julho de 2005 em Londres, mas a ameaça da Al Qaeda a cidadãos britânicos pelo mundo só cresce a cada ano.


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