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Maduro promete fixar margem de lucro

Venezuelano, que ordenou queda de preços de eletrodomésticos, diz que medida valerá para "todas as áreas"

Presidente diz que milícia vai atuar em ação antiespeculação; saque é relatado em loja perto de Caracas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em meio a filas imensas, e ao menos um episódio de saque ontem em lojas de eletrodomésticos que baixaram preços por ordem do governo na Venezuela, o presidente do país, Nicolás Maduro, prometeu estabelecer margem máxima de lucro para vários setores da economia.

"Chamo o país a manter a ofensiva contra a burguesia parasita em paz e ordem. Com firmeza conseguiremos", escreveu Maduro no Twitter, prometendo divulgar novas medidas ainda ontem.

O presidente disse que a Milícia Bolivariana, corpo de civis com breve treinamento militar, se unirá ao combate à especulação.

Muitas lojas de eletrodomésticos decidiram não abrir as portas ontem à espera de orientação do governo que, na sexta, começou operação para baixar os preços de produtos, supostamente reajustados de maneira ilegal.

Na própria sexta, Maduro ordenou a intervenção na rede de eletrodomésticos Daka. Na cidade de Valência, houve saque, no sábado, em uma das lojas da rede.

Ontem, além de tensão na porta de estabelecimentos fechados houve ao menos um episódio de saque em Los Teques, na região metropolitana de Caracas, reportou o jornal "Últimas Notícias".

A ordem de baixar preços de produtos acontece quando a inflação na Venezuela volta a se acelerar, foi 5,1% em outubro, chegando a 54,3% na taxa anualizada.

A avaliação da maioria dos economistas é que mais tabelamento de preços só piorará a crise. A medida, porém, é popular, quando falta menos de um mês para as eleições municipais no país.

VOTAÇÃO HOJE

Hoje as atenções devem se voltar para a Assembleia Nacional, onde Maduro pretende obter a aprovação da Lei Habilitante, a prerrogativa de legislar por decreto.

"Depois que a [lei] Habilitante na Assembleia Nacional for aprovada, vou colocar limites percentuais aos lucros do capital em todas as áreas da economia do aparato produtivo venezuelano", disse.

Para aprovar os "superpoderes legislativos", o chavismo precisa de 3/5 da cadeiras da Assembleia, ou 99 de 165.

A bancada governista tem 98 nomes, mas a expectativa é que Maduro consiga o deputado 99 hoje.

O voto decisivo viria com manobra para retirar do plenário deputada eleita pelo chavismo que se tornou opositora. No lugar dela, assumiria um suplente governista.

A deputada em questão é María Mercedes Aranguren, acusada de peculato e associação para delinquir.

O Supremo Tribunal, alinhado ao governo, decidiu que há base para processá-la e pediu que a Assembleia retire sua imunidade parlamentar. Se confirmado, será o segundo deputado da oposição, após Richard Mardo, em julho, a perder a imunidade.


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