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Maduro afirma ter detido 100 'burgueses'

Sem detalhar quem são os presos, presidente da Venezuela diz que empresários manipularam e inflaram preços

Mandatário ordena redução dos preços em ao menos 50% e descarta desvalorizar moeda local ante o dólar

DE SÃO PAULO DA REUTERS

O governo da Venezuela deteve ao menos "cem burgueses" acusados de manipular preços, anunciou o presidente Nicolás Maduro, que disse que as lojas do país devem reduzir em ao menos 50% os valores de venda.

Maduro, que deu as declarações na noite de anteontem, não detalhou quem são os "capitalistas" detidos.

"Eles são bárbaros, esses parasitas capitalistas!", afirmou. "Temos mais de cem burgueses atrás das grades no momento", disse.

Ainda anteontem, Maduro criticou o empresário Hakim Raffai, da cidade de "El Tigre", a 450 km de Caracas, preso por ordem do Ministério Público acusado de inflar preços de eletrodomésticos.

"Não me deixem sem nada. Eu prefiro que as pessoas entrem e façam saques", grita o empresário Raffai, num vídeo que registra a sua detenção publicado pelo jornal "Últimas Notícias".

Segundo Maduro, o empresário incitou ao crime com a declaração, reproduzida na manchete de um jornal local. Ele pediu punição para a publicação.

DIVERGÊNCIAS

Ontem, no entanto, o ministro do Interior, Miguel Rodríguez Torres, divergiu de Maduro sobre o número de detidos. Segundo ele, são 50 os presos acusados "de usura, especulação e alteração da ordem pública", citou o jornal "El Universal".

Desde o fim de semana, soldados e inspetores entraram em 1.400 lojas, tomaram as operações de uma empresa de eletrônicos e de uma fabricante de baterias

Há episódios de tensão, relatados na mídia local. Em geral, consumidores estão exigindo que as lojas ofereçam "preços justos", como ordenado pelo presidente.

Em entrevista coletiva ontem, concedida a jornalistas de meios estrangeiros e venezuelanos, Maduro descartou ontem desvalorizar a moeda local ante o dólar --no mercado negro, a cotação é nove vezes maior que a oficial.

"Fomos submetidos a uma guerra de nova geração, em que combinam ataque à moeda com o falso dólar paralelo [...] É uma especulação feroz, fora do normal. Armazenagem ilegal, sabotagem do comércio e guerra midiática", descreveu Maduro. Ele repetiu que prepara uma lei para limitar o lucros das empresas.


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