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Rússia anuncia liberdade para brasileira

Ativista do Greenpeace, presa após ato no Ártico contra exploração de petróleo, deverá ser solta mediante fiança

Além de Ana Paula, mais oito estrangeiros do grupo poderão ser beneficiados; Dilma se diz 'feliz' com a notícia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS DE BRASÍLIA DE PORTO ALEGRE

A Justiça da Rússia decidiu conceder liberdade provisória mediante fiança à bióloga brasileira Ana Paula Maciel, 31, que faz parte do grupo de ativistas do Greenpeace preso no país desde setembro.

A expectativa é que ela saia da cadeia até sexta-feira.

A ambientalista participou da ação que interceptou uma plataforma russa de extração de petróleo no mar Ártico. Ela não era uma das líderes do grupo, porém, o que pode ter ajudado na libertação.

Além dela, oito estrangeiros serão soltos, mas não podem deixar o país --três russos foram soltos na segunda.

Para sair da cadeia em São Petersburgo, eles terão que pagar fiança de 2 milhões de rublos (R$ 141 mil).

O tribunal russo deverá avaliar os casos de outros 17 ativistas até o fim da semana, pouco antes de vencer o prazo da prisão preventiva --no próximo domingo.

Até agora, apenas o australiano Colin Russell teve a prisão prolongada e deverá ficar na cadeia até 24 de fevereiro. A embaixada brasileira em Moscou escreveu uma carta ao governo de Vladimir Putin garantindo a permanência de Ana Paula no país enquanto ela responder ao processo em liberdade.

Em visita à Rússia, o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, conversou com autoridades locais em favor da libertação.

À Folha o chanceler disse que a fiança de Ana Paula será paga pelo Greenpeace.

"Em jantar com o ministro de Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, fui informado por ele, com todas as letras, de que as autoridades russas se sensibilizaram. A presidente Dilma fez toda uma argumentação em favor da Ana Paula Maciel, e a embaixada assinou uma carta de garantia de que ela não sairia do país", afirmou o chanceler.

Figueiredo não conversou com Ana Paula. Ele está em Moscou para compromissos oficiais, e o caso da libertação era um dos itens da pauta bilateral.

"Gostaria muito de conversar com ela. Não sei se será possível", disse o ministro. "Segundo nos informaram, é possível que ela saia na sexta-feira", completou.

Após conversar por telefone com Figueiredo, Dilma Rousseff comentou o caso no Twitter. "Fiquei feliz com a notícia de que a bióloga brasileira Ana Paula Maciel possa, mediante fiança, responder em liberdade ao seu processo na Justiça da Rússia."

A família da ativista, que vive em Porto Alegre, aguarda seu contato e não tem informações sobre o tipo de regime a que a brasileira ficará submetida agora.

"Ela não iria sair logo que acabasse a audiência", disse sua mãe, Rosângela Maciel. (NATUZA NERY E FELIPE BÄCHTOLD)


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