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Violência em campanha mata 21 políticos

DO ENVIADO A TEGUCIGALPA

A epidemia de assassinatos em Honduras não poupou a campanha eleitoral. Desde janeiro, 21 candidatos foram mortos, segundo o Observatório da Violência da Unah (Universidade Nacional Autônoma de Honduras).

O partido mais atingido foi o esquerdista Libre, do ex-presidente Manuel Zelaya, com dez assassinados. Em seguida, vem o governista Partido Nacional (PN), com sete.

Na divisão por postulantes, os mais atingidos foram os candidatos a prefeito, com dez mortos. "Hoje, os prefeitos têm mais Orçamento e poder para conceder licenças ambientais, e isso gera um conflito sério", disse o sociólogo Blas Barahona, coordenador do levantamento.

A maioria dos assassinatos é por encomenda, mas nenhum caso foi solucionado até hoje, segundo o informe.

O crime e a violência são considerados o principal problema do país pelos hondurenhos (36%), segundo pesquisa recente do instituto CID-Gallup. Em segundo, aparece o desemprego (22%).

Honduras tem a taxa de homicídios mais alta do mundo, com 86,5 assassinatos por 100 mil habitantes no ano passado, três vezes mais do que o Brasil.

Os assassinatos são geralmente motivados por brigas entre gangues (chamadas de "maras"), disputa pelo controle de rotas de cocaína aos EUA e extorsão de dinheiro a comerciantes.

O deputado e candidato do PN, Juan Orlando Hernández, 45, propôs a lei que criou a Polícia Militar, implantada em outubro com mil homens atuando nas duas cidades mais populosas, Tegucigalpa e San Pedro Sula.

"É, em boa parte, o que vocês fizeram com as favelas. A força militar entrou e, depois, programas sociais", disse Hernández à Folha anteontem. Contrária à PM, Xiomara promete criar uma polícia comunitária.


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