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Libertados, ativistas vivem incerteza na Rússia

Grupo do Greenpeace, que inclui brasileira, aguarda definição sobre futuro

LEANDRO COLON ENVIADO ESPECIAL A SÃO PETERSBURGO

Os ativistas do Greenpeace em liberdade provisória na Rússia, entre eles a brasileira Ana Paula Maciel, devem receber autorização de residência fixa no país durante a investigação sobre o protesto que fizeram em setembro.

O serviço de imigração russo e a Justiça local buscam essa solução para mantê-los no país, já que, teoricamente, eles não são turistas, nem imigrantes ilegais --estão na Rússia por força das autoridades locais. "Eles que nos obrigaram a ficar aqui e agora precisam resolver isso. Acredito que o hotel onde estamos deve ser residência nesse período", disse à Folha a ativista brasileira, 31, que deixou a prisão na quarta-feira mediante fiança de € 45 mil (R$ 140 mil) paga pelo Greenpeace.

No dia 19 de setembro, 30 ativistas foram presos num protesto contra a exploração do Ártico. Nos últimos dias, começaram a ser liberados provisoriamente, enquanto dura o processo em que são acusados de vandalismo e pirataria, crimes que chegam a até 15 anos de cadeia.

Ao todo, 28 já estão soltos e hospedados num hotel em São Petersburgo reservado pelo Greenpeace.

A Justiça russa não esclareceu ainda quais os limites desta liberdade provisória, o que gera incerteza e apreensão no grupo.

Eles não sabem, por exemplo, nem o que podem fazer ou não pelas ruas da Rússia. "É tudo muito confuso, por isso precisamos tomar todos os cuidados", diz Ana Paula.

Ontem, por exemplo, nenhum deles se arriscou a circular sozinho em São Petersburgo, para onde o grupo foi transferido há poucas semanas de Murmansk, primeiro local em que ficaram presos.

Os passaportes foram devolvidos pela Justiça, inclusive o da brasileira, mas ninguém se atreve a falar em deixar a Rússia.

No caso dela, menos ainda, já que a Embaixada brasileira em Moscou deu garantia formal às autoridades locais de que ela não deixaria o país se fosse solta temporariamente, o que inviabiliza, por enquanto, qualquer plano de retornar ao Brasil.

Um advogado que acompanha os ativistas é sempre consultado sobre cada passo.

Além disso, uma equipe de assessores foi escalada para controlar as entrevistas e pediu que a reportagem da Folha evitasse, por motivos de segurança, fazer foto deles do lado de fora do hotel para evitar que o lugar fosse identificado. Hoje, Ana Paula receberá a visita da mãe.


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