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O apagão de Gaza

O golpe no Egito soma-se à falta de infraestrutura e ao bloqueio de Israel na lista do que faz o território palestino ser sinônimo de privação

DIOGO BERCITO ENVIADO ESPECIAL A GAZA

Os olhos, em Gaza, enxergam na escuridão.

O que eles têm visto, entre geradores de eletricidade e velas acesas, é uma economia de privações criadas por anos de bloqueio comercial e, no último ano, por uma guerra com Israel e pelo golpe de Estado no vizinho Egito.

A reportagem da Folha visitou esse estreito de terra empobrecido e empoeirado para investigar como os eventos políticos na região têm afetado não as cúpulas de poder das facções políticas Hamas e Fatah, mas sim a vida cotidiana de quem não toma as decisões --apenas sofre com as represálias.

Dois acontecimentos em especial castigam a população de Gaza.

Em primeiro lugar, a operação militar Pilar de Defesa, realizada pelas forças de Israel, que no último dia 14 completou um ano.

A destruição da infraestrutura no território palestino e os bloqueios mais rígidos sufocaram a economia.

Mas, de maneira mais imediata, Gaza é vítima do golpe de Estado no Egito.

Com a queda da Irmandade Muçulmana, aliada da facção Hamas, as relações entre o Exército egípcio e a faixa de Gaza foram prejudicadas.

Assim, centenas dos túneis ilegais pelos quais eram contrabandeados bens fundamentais, incluindo combustível, foram destruídos nos últimos meses, soterrando, assim, o último respiro de Gaza. Hoje, há poucas opções de acesso à região.

É uma situação que afeta da venda de velas à cozinha da família Khalil, passando pelo motor do taxista Muhammad al-Isi e pela padaria de Bichara Shada.

Leia, nesta página, algumas das histórias da vida sob o sítio em Gaza.


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