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Egito expulsa embaixador da Turquia

Diplomata é declarado "persona non grata", após egípcios terem apontado interferência turca em temas internos

Países vivem tensão desde o golpe militar de julho, que tirou do poder líder islamita aliado dos turcos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Egito considerou o embaixador turco Huseyin Avni Botsail "persona non grata" e rebaixou ontem as suas relações diplomáticas com a Turquia. O governo turco respondeu fazendo o mesmo.

A tensão entre os dois países cresce desde o dia 3 de julho, quando a cúpula do atual governo militar egípcio apeou do poder o então presidente Mohammed Mursi, liderança do grupo Irmandade Muçulmana.

Desde agosto, quando passou a condenar sistematicamente a ação violenta de integrantes das forças de segurança egípcia contra os manifestantes pró-Mursi, o primeiro-ministro turco, Recep Erdogan, do partido pró-muçulmano AKP, tem sido acusado de interferência em assuntos internos do Egito.

Então, os dois países chamaram seus embaixadores --o embaixador turco no Cairo retornou em setembro e não houve desde então nomeação de diplomata egípcio para ocupar a embaixada na capital turca, Ancara.

TENSÃO CRESCENTE

Mursi, que está preso, tem denunciado como ilegítima a Corte que deverá julgá-lo por acusações de incitar violência política no Egito.

Centenas de manifestantes contrários ao golpe militar já morreram no Cairo em confronto com forças de segurança desde o início de julho.

Erdogan sustenta que Mursi foi eleito democraticamente e que é, para o mundo árabe, um exemplo de liderança pró-islâmica.

Ele também tem criticado os países do Ocidente pela condenação tímida ao golpe que deu início ao governo militar no Egito.

Em contrapartida, oficiais egípcios e a mídia têm acusado repetidamente os líderes da Irmandade de promoverem reuniões na Turquia para planejar protestos e tramar contra o governo militar no Cairo.

Ontem, o ministério das Relações Exteriores do Egito voltou a chamar Erdogan de provocador e a acusá-lo de interferência em seus assuntos internos.

De acordo com comunicado da chancelaria egípcia, a "Turquia está tentando influenciar a opinião pública ao promover esses encontros que pretendem criar instabilidade no Egito".


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