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ONU retoma discussão de reforma de Conselho

Brasil participa das negociações

JOANA CUNHA DE NOVA YORK

Quando os líderes mundiais concordaram, em 2005, em Nova York, que o Conselho de Segurança da ONU precisava de uma"reforma urgente", já se poderia prever que a velocidade ficaria abaixo até das estimativas mais conservadoras, dada a variedade de posições conflitantes.

Após oito anos de quase nenhum avanço, no entanto, a chegada do antiguano John Ashe à presidência da Assembleia-Geral, em setembro, promete colocar o tema de volta à mesa.

Em seu primeiro mês no posto, Ashe criou um "grupo de consultores", formado pelo Brasil e por Bélgica, Liechtenstein, Papua Nova Guiné, San Marino e Serra Leoa.

A principal função do grupo será, nas próximas semanas, levar um conjunto de ideias ao presidente da Assembleia-Geral para retomar negociações concretas até setembro de 2014.

Quem defende a ampliação do Conselho de Segurança, como o Brasil, argumenta que o órgão ainda reflete o cenário geopolítico do final da Segunda Guerra, com seus cinco membros permanentes (EUA, Reino Unido, França, Rússia e China), que possuem poder de veto.

RESISTÊNCIA

A China é um dos que oferecem resistência à reforma. Nos bastidores, atua contra as candidaturas de Japão e Índia, com os quais tem desavenças históricas.

A atual movimentação, estimulada por Ashe, pode ser interpretada como mais uma das diversas tentativas no longo histórico de negociações desgastadas.

"O novo presidente da Assembleia-Geral tem a vantagem de ter sido eleito por consenso entre os 193 países da ONU. Ele já demonstrou que pretende imprimir um ritmo mais acelerado a esse debate", disse à Folha o embaixador Antonio Patriota, ex-chanceler e atual representante do Brasil nas Nações Unidas.

Patriota atuará no novo grupo de consultores com a função de levar a opinião do G4 --formado por Brasil, Alemanha, Índia e Japão, todos possíveis postulantes a uma vaga permanente.

A reforma do conselho teria que ser aprovada por dois terços da Assembleia-Geral e ainda teria que ter sua emenda à Carta da ONU ratificada pelos membros permanentes --talvez a parte mais difícil.


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