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Brasil e Uruguai pressionam haitianos a realizar eleição

Preocupação é com indefinição sobre pleito para escolher parte dos senadores

Os dois países, que mais contribuem com tropas no Haiti, dizem estar preocupados com cenário de instabilidade

ISABEL FLECK DE SÃO PAULO

Os governos do Brasil e do Uruguai, os dois países que mais contribuem com tropas no Haiti, enviaram seus chanceleres a Porto Príncipe nesta semana para pressionar o governo haitiano a manter o funcionamento das instituições democráticas do país.

A principal preocupação hoje é a indefinição sobre as eleições para o Senado, que já está funcionando com apenas dois terços dos seus assentos e poderia perder outro terço em janeiro --ficando incapacitado de legislar.

Um cenário de instabilidade política poderia não só ameaçar o avanço democrático construído no país nos últimos anos como atrasar ainda mais a retirada das tropas da missão de paz da ONU, comandadas pelo Brasil desde 2004.

O chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, e o colega uruguaio, Luis Almagro, tiveram reuniões separadas com o presidente haitiano, Michel Martelly, anteontem para falar sobre o tema.

Segundo a Folha apurou, o mandatário disse a Figueiredo estar comprometido com o processo democrático e com a realização de eleições para o Senado e afirmou que não haverá "vácuo" no Legislativo.

Segundo o secretário da Presidência uruguaia, Diego Cánepa, Almagro e o subsecretário de Defesa, Jorge Menéndez, foram transmitir a Martelly "a necessidade de que se cumpram as condições para avançar nos temas sociais e políticos do Haiti".

Na mesma tarde, o Congresso haitiano aprovou a reforma eleitoral, requisito crucial para a realização das eleições para o Senado.

RETIRADA

Antes de seguirem para Porto Príncipe, os chanceleres dos dois países tinham se reunido em Nova York com o subsecretário-geral para Operações de Manutenção de Paz da ONU, Hervé Ladsous, para estudar o retiro gradual das tropas uruguaias.

O presidente José Mujica já havia anunciado a decisão de trazer de volta seu efetivo, hoje em cerca de 850 militares.

Em entrevista à Folha/UOL na última quarta-feira, o ministro da Defesa, Celso Amorim, também disse que o Brasil não será "uma guarda pretoriana de nenhum presidente haitiano", mas que a retirada tem que ser "responsável". Dos 5.021 militares da missão, cerca de 1.120 são brasileiros.

Ainda não há data para o início da retirada.

O efetivo total já foi reduzido em 44% desde 2010. Para Amorim, o "desejável" é que as tropas estejam preparadas para sair após as próximas eleições, em 2016.


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