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Outro lado

Ministro vê uma 'conspiração' nas críticas ao plano

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM MOÇAMBIQUE

O ministro da Agricultura de Moçambique, José Condungua Pacheco, vê uma "conspiração" nas críticas ao ProSavana.

"É uma conspiração para manter Moçambique dependente da importação de comida. Comida que podemos produzir aqui. Deturpam a informação para que continuemos a comer galinha cozida vinda de fora. Mas, para produzirmos galinha barata, temos de produzir soja, milho para fazer as rações", diz Pacheco.

Segundo o ministro, não há "usurpação" de terras de pequenos camponeses.

"Nós não copiamos experiências negativas. Copiamos as boas coisas. E as boas coisas do Brasil é que conseguiram ter uma base de investigação científica invejável", afirma ele.

Já o coordenador do ProSavana, Calisto Bias, diz que a presença de investidores privados no programa trará para o país uma "situação win-win", ou seja, sem perdedores. Ele reconhece, no entanto, que "as informações prestadas não foram suficientes".

Para remediar esse fato, ele diz que foi criado um site (prosavana.gov.mz).

No site, o Ministério da Agricultura de Moçambique promete "respeitar a soberania dos produtores locais" na transição de culturas de subsistência para a agricultura sustentável.

O aumento da produtividade viria com o emprego de melhores técnicas de cultivo, o uso de insumos e a criação de cadeias de produção integradas --no lugar das culturas de subsistência existentes atualmente.

A embaixadora do Brasil em Moçambique, Lígia Maria Scherer, afirma que Brasil e Japão foram simplesmente "convidados" a cooperar na promoção do desenvolvimento agrícola e de segurança alimentar de Moçambique.

Segundo ela, cultivo de lavouras para biocombustíveis, um dos principais temores das populações afetadas pelo programa, não estão previstos no ProSavana.

"O ProSavana é induzido pela demanda [de alimentos]", afirma.

A presença de grandes grupos privados brasileiros dependerá, de acordo com a embaixadora, do desejo do governo moçambicano.


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