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Na China, Biden prega 'desafio' a governo

Discurso de vice dos EUA a jovens chineses, em momento tenso da relação bilateral, foi lido como crítica a Pequim

Antes, americano havia atacado decisão chinesa de criar zona de defesa aérea em meio à crise com rivais japoneses

MARCELO NINIO DE PEQUIM

Em meio à tensão provocada pela nova zona de defesa aérea anunciada pela China, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou ontem a Pequim e pregou uma "cooperação prática" entre os dois países.

O tom amistoso de Biden ao reunir-se com os líderes chineses foi precedido de um provocativo chamado à rebeldia, num encontro do vice norte-americano com estudantes chineses.

Levado à embaixada dos EUA logo após desembarcar em Pequim, Biden surpreendeu as pessoas, jovens em sua maioria, que estavam na fila para obter o visto norte-americano. Após agradecer ao grupo por querer visitar os EUA, Biden exortou os jovens a desafiar o governo. Feito em Pequim, o comentário obviamente soou como referência ao regime autoritário da China e ao pouco espaço para contestação no país.

"A inovação só pode ocorrer quando você respira livremente, desafia o governo, seus professores e líderes religiosos", disse Biden. "As crianças nos EUA são premiadas, não punidas por desafiar o status quo."

Biden chegou a Pequim num momento tenso, depois de visitar o Japão, onde reafirmou a aliança dos EUA com o arquirrival da China.

Em Tóquio, ele criticou a decisão da China de declarar uma zona de defesa aérea, no dia 23, e disse que ela "ampliou as tensões regionais".

A zona de defesa abrange o mar do Leste da China e inclui a área onde estão situadas as ilhas Diaoyu, controladas pelo Japão mas reivindicadas pela China. O Japão chama as ilhas de Senkaku.

Planejado para durar 45 minutos, o encontro de Biden com o presidente chinês, Xi Jinping, se estendeu ontem por duas horas.

Sem mencionar a disputa, ele disse que a relação entre EUA e China "deve se basear em confiança".

Xi tampouco comentou em público a crise, mas observou que a tensão regional está em alta. "Há mais desafios globais, como a mudança climática e a segurança energética", disse o chinês. "O mundo como um todo não está mais tranquilo".

A chegada de Biden ao país foi cercada de alertas na mídia estatal de que o governo chinês não pretende recuar.


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