Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Oposição vive asfixia e 'blecaute' na TV

Antichavistas, que controlam só 3 dos 23 Estados da Venezuela, apostam em pleito municipal 'para continuar vivos'

Oposicionistas perdem espaço na Globovisión e veem pressão ainda mais intensa do que na época de Hugo Chávez

FLÁVIA MARREIRO DA ENVIADA A CARACAS

"As municipais da Venezuela são um momento de renovação da liderança para nós. Os principais nomes da oposição vieram das prefeituras", diz à Folha Ramón Muchacho, 40, que deve ser eleito hoje prefeito de Chacao, município mais rico dos cinco que formam Caracas e um bastião dos opositores.

A declaração é, porém, uma das poucas reflexões esperançosas de oposicionistas ouvidas pela reportagem. O clima é de apreensão com o futuro, num ambiente que consideram ainda mais asfixiante que a era Chávez.

Avalia-se que a Mesa da Unidade, coalizão opositora iniciada em 2010, está desgastada e funciona mais como bloco eleitoral do que como corpo estratégico --e só haverá novas eleições no final de 2015, com a renovação da Assembleia Nacional.

O dilema é o que fazer até lá para não desaparecer, já que consideram a pressão da gestão Maduro sobre eles ainda mais intensa que a feita por seu mentor, Hugo Chávez.

A ideia de em 2016 propor referendo para tirar Maduro do poder também é vista como irreal. Para isso, precisariam colher 4 milhões de assinaturas, o que é tido como impossível depois que os nomes de quem endossou a consulta contra Chávez em 2004 viraram uma "lista negra".

Para completar, a oposição controla desde dezembro só 3 dos 23 Estados do país --e, em todos, o chavismo montou uma estrutura de "governos estaduais paralelos" que concentra obras e serviços.

Por isso, a meta para hoje é ganhar pelo menos 8 das 10 cidades mais populosas do país "para continuar vivos", disse um dos estrategistas.

Os opositores se queixam do "blecaute midiático" desde que a TV Globovisión, antes porta-voz dos antichavistas, mudou de donos no primeiro semestre e diminuiu drasticamente seu espaço.

As maiores TVs privadas já faziam cobertura política reduzida para evitar represálias do governo desde a década passada. Agora, resta a Capriles transmitir discursos pela internet.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página