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'Indivíduo não deixa claro' o que quer, diz Dilma

DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que não vê motivos para o governo brasileiro se manifestar em relação ao pedido de asilo de Edward Snowden, delator do esquema de espionagem dos Estados Unidos.

Segundo ela, a carta divulgada nesta semana pelo ex-técnico da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) não contém um pedido formal de asilo nem foi endereçada ao governo brasileiro.

Para a presidente, o governo não deve responder a consultas feitas por intermediários de um "indivíduo que não deixa claro [o que quer], não dirigiu nada para nós". "Não somos um órgão ao qual se faz ou se consulta ou se comunica por interpostas... de formas --você entende?-- em que há intermediários."

"A nós não foi encaminhado nada. Me dou completamente ao direito de não me manifestar sobre o que não foi encaminhado. Vou me manifestar como? Não me encaminharam nada, não me pediram nada e, mais do que isso, eu não interpreto cartas de ninguém. Não é minha missão", disse Dilma.

Anteontem, a Folha revelou carta em que Snowden diz ter a intenção de colaborar com investigações sobre a espionagem dos EUA, mas alega que não pode fazer isso em razão de sua precária situação jurídica --ele tem asilo temporário concedido pela Rússia até o meio de 2014.

A Folha apurou que a "carta aberta ao povo do Brasil", que Snowden enviará às autoridades, é uma estratégia do denunciante para obter asilo no país --com o status de asilado permanente, ele teria mais liberdade para colaborar com as apurações.

A carta, conforme a apuração do jornal, não faz pedido direto a Dilma Rousseff para não melindrar o governo russo, que hospeda Snowden.

Também faz parte da campanha para que o denunciante obtenha asilo no Brasil o abaixo-assinado aberto no Avaaz por David Miranda, namorado do jornalista inglês Glenn Greenwald, que publicou no "Guardian" as primeiras denúncias de Snowden.


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