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Análise

Impacto do que Snowden revelou vai perdurar por uma geração

EMILY BELL DO "GUARDIAN"

Em 6 de junho de 2013, o "Guardian" publicou a primeira reportagem que delineava a coleta maciça de registros telefônicos e de dados de usuários da internet pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA).

Glenn Greenwald, o jornalista que revelou o caso, obteve acesso a um repositório de 58 mil documentos recolhidos por um jovem analista de segurança e ex-agente da NSA, Edward Snowden.

O impacto das revelações feitas por Edward Snowden reverberará por uma geração. Já forçou uma reavaliação do relacionamento entre poderosas empresas de telefonia e tecnologia, o governo e os consumidores. Trouxe à tona a questão dos direitos humanos digitais e de como controlar o Estado de vigilância.

Tornou a internet potencialmente instável e indigna de confiança. Fez com que Angela Merkel reescrevesse sua lista de presentes de Natal e mudasse de operadora de telefonia (é o mínimo que ela deveria ter feito).

No sentido jornalístico, as revelações demonstram que o vazamento de informações moderno, em forma de enormes repositórios de documentos digitalizados, torna necessária uma nova forma de reportagem. Que o "Guardian" chegasse antes do "Washington Post" a um furo como esse seria impossível na era pré-internet.

Em um momento no qual começamos a pensar que a era dos furos espetaculares e da reportagem cuidadosa era coisa do passado, as organizações noticiosas estão se adaptando ao mundo pós-industrial, tendo em vista a escassez de recursos, por meio de colaborações de escala.

Os documentos revelados por Edward Snowden foram um novo choque elétrico para o jornalismo.

Somos todos seus devedores, no mínimo pela luz que ele lançou sobre um novo e obscuro poder que existe entre nós.


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