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Calor provoca apagão em Buenos Aires

Falta de energia atinge ruas e quadras de diversos bairros, incluindo locais turísticos, como Palermo e Recoleta

Pressionado por onda de saques, governo anuncia congelamento dos preços de 187 produtos até março

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

O verão chegou com antecedência à Argentina e provocou uma onda de apagões elétricos em Buenos Aires e nos municípios ao seu redor. Em alguns locais, moradores reclamam que já estão sem luz há cinco dias.

O calor, que chegou a 36°C na terça, em Buenos Aires, provoca maior gasto de energia, principalmente por causa do uso do ar-condicionado, e o sistema de abastecimento do país não consegue atender à demanda.

Os apagões em Buenos Aires atingiram ruas e/ou quadras em diversos bairros. Em algumas zonas turísticas, como a Recoleta e Palermo, também houve falta de luz em pontos específicos.

Ontem pela manhã, o chefe de gabinete da presidente Cristina Kirchner, Jorge Capitanich, afirmou que uma das soluções para o problema seriam as companhias elétricas realizarem cortes programados de luz, para conter o deficit de energia causado.

Um dia antes, Capitanich havia dito que a falta de energia era reflexo do bom momento econômico do país, já que as pessoas estariam consumindo mais e comprando inclusive ar-condicionado.

À tarde, o ministro do Planejamento, Investimentos Públicos e Serviços, Julio De Vido, negou que esses cortes já estariam acontecendo.

Segundo ele, a falta de luz que ocorre em alguns locais do país se deve à manutenção da rede pelas companhias elétricas.

Para tentar diminuir o déficit de luz, a Argentina pediu ao Uruguai que venda um pouco de energia ao país.

Os cortes programados de luz no país já foram colocados em prática em 1988, no governo de Raúl Alfonsín. Durante um ano, diferentes regiões da Grande Buenos Aires ficavam até cinco horas sem luz em alguns dias.

CONGELAMENTO

Hoje, o governo argentino vai anunciar o valor de 187 produtos, de pães a itens de limpeza e perfumaria, que terão os preços congelados até o final de março.

A medida é uma tentativa de conter a inflação no país, que, segundo cálculos de consultorias privadas, será a maior em dez anos: 27%.

O Indec, instituto de estatísticas do governo acusado de manipular dados, diz que a inflação seria de 11%.

O anúncio ocorre depois de uma série de saques pelo país por causa de protestos e greves das polícias estaduais. Ao todo, 20 províncias foram afetadas pelos distúrbios, que deixaram 14 mortos.

Ontem, no final da tarde, uma tentativa de assalto a uma farmácia na esquina das avenidas Corrientes e Puerreydón, no Once, em Buenos Aires, levou ao fechamento de várias lojas do bairro por medo de saques.


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